Estima-se que só existam cerca de 3 mil rinocerontes de um chifre só no mundo. A caça ilegal e a perda de habitat levaram a espécie, até então encontrada em regiões ao norte da Índia, sul do Nepal e em regiões do Butão e Bangladesh, a ter apenas 200 indivíduos no começo do século 20.
Graças aos esforços de conservação de organizações ambientalistas e dos governos locais, a população conseguiu se recuperar, mas ainda é considerada em risco de extinção.
O Rhinoceros unicornis é um animal de hábitos solitários, com exceção de mãe e filhote. A fêmea dá à luz a uma cria a cada dois ou três anos, após um período de aproximadamente 15 de meses de gestação. E foi após esse mais de um ano, sendo acompanhada de perto pelos veterinários do Chester Zoo, no Reino Unido, que Asha deu à luz tranquilamente a uma fêmea, no último dia 14 de outubro.
A filhote, que poucas horas depois do nascimento, já estava saltitando, veio ao mundo pesando 50 kg, mas chegará a pesar cerca de 1,7 toneladas.
““No dia em que a filhote nasceu, notamos que Asha estava estranhamente letárgica e não comia, então suspeitamos que ela daria à luz em breve. Vimos a bolsa dela quebrar por volta das 16h10, enquanto assistimos remotamente através de nossas câmeras escondidas, e às 16h24, ela empurrou seu pequeno para o mundo. Foi um verdadeiro privilégio testemunhar um evento tão especial”, disse Sam Harley, responsável pelos rinocerontes do Chester Zoo.
O Chester Zoo é uma das mais importantes organizações de conservação da Europa, com foco na reprodução em cativeiro de animais em risco de extinção. Além disso, trabalha em conjunto com instituições dos países onde essas espécies são originárias e apoia projetos de reintrodução.
“Somos o único zoológico no Reino Unido a ter um laboratório de endocrinologia no local, o que nos permite rastrear os hormônios de um animal e até sua gravidez. Fazer um ultrassom com um rinoceronte indiano e aquela pele incrivelmente grossa não é fácil, mas coletando e monitorando amostras semanais do esterco de Asha, pudemos acompanhar a gravidez para ver como a mãe e o filhote estavam”, explica o veterinário John O’Hanlon.
O zoológico britânico está promovendo agora uma votação online em suas redes sociais para escolher o nome da filhote. São três as opções: Thuli (um rio no Nepal), Jiya, que significa brilho do sol, e Bahula, estrela.
Asha ao lado de sua filhote, após os seis meses de gestação
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Fotos: divulgação Chester Zoo
