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Baleia grávida, com 22 kg de plástico no estômago, é achada morta na Itália

Baleia grávida com 22 kg de plástico no estômago é achada morta na Itália

No último dia 18 de março, há exatos 15 dias, eu escrevi aqui no Conexão Planeta “Talvez, infelizmente, em breve deixemos de noticiar algo assim, já que o fato está se tornando cada vez mais comum. Em 2018, foram várias baleias descobertas, sem vida, com o estômago cheio de resíduos plásticos”.

Era o primeiro parágrafo de um texto, que falava sobre uma baleia encontrada morta, nas Filipinas, com 40 kg de plástico no organismo.

E aqui vou novamente. Mas dessa vez, a notícia é ainda mais triste porque o cetáceo, que encalhou em uma praia na Sardenha, na Itália, era uma fêmea e tinha um feto morto dentro do corpo. Além dele, 22 kg de plástico.

A baleia cachalote tinha cerca de 8 metros de comprimento. Foram encontrados no estômago do animal redes de pesca, sacolas plásticas, tubos de construção e uma embalagem de sabão líquido, ainda com marca e código de barras visíveis.

“É a primeira vez que encontramos um animal com uma quantidade tão grande de lixo”, afirmou a bióloga Cinzia Centelegghe, da Universidade de Bolonha, em entrevista à Agência de Notícias Associated Press.

A baleia encalhada na praia italiana estava grávida

Segundo a equipe que fez a necropsia na carcaça, o feto estava em avançado estado de decomposição. Eles acreditam que a baleia morreu porque não conseguia mais se alimentar devido ao estômago estar cheio com o lixo plástico.

“Usamos o ‘conforto’ dos objetos descartáveis de maneira despreocupada nos últimos anos e agora estamos pagando as conseqüências. De fato, os animais, acima de tudo, são os que os pagam”, lamentou Sergio Costa, ministro do Meio Ambiente da Itália, em postagem no Facebook.

Na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou a proibição da comercialização e distribuição de canudos, copos, pratos e talheres descartáveis e cotonetes. Os plásticos descartáveis estarão banidos na União Europeia a partir de 2021.

“”A Itália será um dos primeiros países a implementá-la (a nova legislação)“, garantiu Costa. “A guerra contra o plástico descartável já começou. E não vamos parar por aqui.”

A imagem cada vez mais frequente: o enorme cetáceo, sem vida,
com o estômago cheio de plástico

*Com informações da CNN

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Fotos: SeaMe Sardinia

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Sandra
Sandra
5 anos atrás

Realmente a gente acorda de um pesadelo para sonhar outro, esse círculo vicioso não tem fim, nenhum coração antenado com a compaixão pelos animais está suportando mais isso, um poço sem fundo onde tentamos nos manter à tona das desgraças mas, como se não bastassem as catástrofes naturais, incontroláveis e invencíveis, precisamos nos “acostumar” a tragédias ambientais perfeitamente evitáveis. Presumíveis, sim, se anteontem a espécie humana irracional e inferior, calculasse as conseqüências funestas que hoje amargamos e ainda vamos amargar por longo tempo. Ineficazes, quase improfícuas as tímidas tentativas de reciclagem de embalagens, limpeza dos mares e despoluição da atmosfera e dos rios, em uma fase avançada deste câncer metástico, causador das dolorosas amputações planetárias no orbe doente em trânsito para a morte, se anjos do céu não rogarem por nós, pelos animais que morrem e pelos que são impedidos de nascer por causa de nossa insipiência e indiferença milenares. Terráqueos somos nós. Aqueles que não merecem a Terra que ganharam de presente, porque a destruímos por prazer, por indiferença e por ignorância, somos réus, não há dúvida, ela é a vítima. Preces costumam, sim, ser atendidas quando quem ora já fez o seu dever de casa e esgotou todas as possibilidades; por isso é atendido. Não é o caso da espécie humana que exige direitos sem cumprir deveres, por isso será inútil rezar, parece; que Deus possa entender essa blasfêmia. Se a justiça nos rege, na proporção de nosso merecimento, seremos atendidos, nem mais nem menos, no entanto tudo o que destruímos, nos condena, nenhum mérito nisso. Além de não multiplicarmos os talentos,dilapidamos os tesouros, poluímos as nascentes, sufocamos os peixes e estamos conseguindo matar à distância, os habitantes dos mares, das florestas e dos rios, negando às futuras gerações, o alimento e a atmosfera imprescindíveis à vida porque estamos matando, também, nossos sucessores, herdeiros diretos deste cenário dantesco, onde bebês que conseguirem nascer não serão saudáveis, nem felizes, nem longevos. Por enquanto, inatingíveis, porém nem tanto, estrelas brilham no céu; mas já conseguimos navegar, atrevidamente, bem perto delas e quem sabe, por nossa culpa e imprevidência, brilhem menos, uma dia, e morram também.

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