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Com ajuda de botas ortopédicas, o pinguim Lucas ganha uma segunda chance para ter uma vida normal

Com ajuda de botas ortopédicas, o pinguim Lucas ganha uma segunda chance para ter uma vida normal

Quando tinha apenas um ano de vida, Lucas teve uma infecção na coluna que o deixou com músculos fracos nas pernas e a incapacidade de ficar em pé. Descobriu-se então que o jovem pinguim sofria com uma condição degenerativa, a pododermatite, que provoca lesões nas patas e se não for tratada, pode evoluir para septicemia e até a morte.

Na época, Lucas foi tratado com anti-inflamatórios, fisioterapia e acupuntura. Todavia, com o passar do tempo, o animal começou a apresentar feridas nas patas e pernas devido à maneira como ele andava e tentava se proteger da dor vinda da coluna.

Mas uma nova solução foi encontrada para oferecer uma melhor qualidade de vida e mais conforto a Lucas. Recentemente ele ganhou uma bota ortopédica. Desenvolvida especialmente para o pinguim, ela é acolchoada e permite que ele caminhe com mais facilidade e possa se integrar mais facilmente às atividade de seu grupo, no San Diego Zoo, nos Estados Unidos.

O objetivo da bota é o evitar o desenvolvimento de úlceras de pressão nos pés e tornozelos quando ele se levanta e caminha.

“Conheço Lucas há muito tempo, então ter a capacidade de dar a ele a chance de ter uma vida normal traz um sorriso ao meu rosto”, diz Beth Bicknese, veterinária sênior do zoológico. “As botas são acolchoadas e com velcro para ajudar Lucas a participar plenamente da colônia e mostrar comportamentos que são mais típicos de um pinguim – como escalar as rochas, nadar, aninhar e encontrar uma companheira adequada”.

Os cuidadores já notaram que a marcha de Lucas melhorou e sua postura tornou-se mais natural, permitindo que ele ganhasse melhor equilíbrio em pé.

Com ajuda de botas ortopédicas, o pinguim Lucas ganha uma segunda chance para ter uma vida normal

O pinguim com suas novas botas

Lucas é um pinguim africano. A espécie é considerada em risco de extinção. No passado, essa ave marinha era abundantes no continente, mas sofreu um declínio populacional de cerca de 1 milhão de pares reprodutores para apenas cerca de 18 mil atualmente.

“Só nos últimos dois anos, a população diminuiu mais de 23%. Historicamente, ovos de pinguim e guano eram colhidos comercialmente, o que teve um efeito devastador sobre a população. Embora ambas as práticas tenham sido abolidas no final do século 20, outras ameaças – incluindo a falta de alimentos prontamente disponíveis devido à pesca excessiva, mudanças climáticas, poluição por petróleo e marinha, o surgimento do vírus da gripe aviária A (H5N8) e degradação do habitat – contribuem para um declínio populacional contínuo”, alerta o San Diego Zoo, que faz parte de um programa internacional para a reprodução e conservação da espécie.

“Os pinguins são uma família notável de ave. Não há outro tipo de animal que esteja tão espalhado por uma enorme área geográfica ou apresente tantas características únicas entre seus membros. À medida que seus números caem, cada ave importa. É vital que continuemos nosso trabalho para garantir sua sobrevivência nas próximas gerações”, ressalta Debbie Denton, especialista sênior em cuidados com a vida selvagem.

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Fotos: divulgação San Diego Zoo

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