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Cidades brasileiras apostam nos ônibus elétricos para reduzir emissões: só em SP, serão 2,6 mil circulando em 2024

Muitos especialistas acreditam que o futuro da mobilidade urbana será elétrico. E as prefeituras de muitas cidades brasileiras já estão investindo nessa nova realidade. Em São Paulo, a maior metrópole do país, a Lei de Mudanças Climáticas determinou que a partir de outubro de 2022 apenas ônibus movidos a tecnologias sustentáveis poderiam ser incluídos para operar no sistema de transporte público. Ou seja, aqueles movidos a diesel estão fora da lista de novas compras das empresas concessionárias.

Em 2024, a frota de 15 mil veículos da capital paulista contará com 2,6 mil ônibus elétricos, com autonomia para rodar 250 km e assim, só precisarão ser recarregados na volta à garagem. Apesar de ainda serem mais caros, os veículos que funcionam com bateria representam uma economia de 70% nos gastos com combustíveis.

A meta do governo paulistano é ter 20% da frota eletrificada até o final do ano que vem. Já na capital do Paraná, a previsão é ter 33% do transporte público com emissão zero até 2030, percentual que deve chegar a 100% até 2050.

Para isso a prefeitura de Curitiba anunciou no começo de maio um investimento de R$ 200 milhões na compra dos primeiros 70 ônibus elétricos. Desse total, 28 serão articulados para atender a linha Interbairros.

Já há vários testes sendo realizados na cidade para definir qual será o melhor modelo, envolvendo as empresas Volvo, Mercedes, Eletra, Marcopolo, BYD e Higer. A expectativa é que entre maio e junho de 2024 os veículos comecem a atender a população.

“Temos oito veículos homologados para testes até outubro desse ano, que serão avaliados de acordo com autonomia, segurança e conforto do passageiro”, disse Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs). “Estamos iniciando o processo de migração para a matriz elétrica, não poluente. Trata-se de uma tecnologia nova, que precisa ser avaliada dentro da realidade do transporte coletivo. O teste técnico é muito importante para medir qual é a performance dos diversos modelos elétricos, mapear resultados e ainda verificar possíveis desafios”.

Em Belo Horizonte, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade, em novembro de 2022, um projeto de lei que prevê o uso exclusivo de ônibus elétricos a partir de julho de 2028. A proposta inclui ainda que táxis também sejam carbono zero, assim como veículos da administração pública.

A prefeitura de Salvador, na Bahia, assumiu o compromisso de eletrificar 30% de sua frota do transporte público até 2024. Os primeiros 20 ônibus começaram a operar há alguns meses, entregues pela fabricante chinesa BYD (Build Your Dreams).

Ônibus elétrico circulando no corredor BRT em Salvador
(Foto: Betto Jr./SECOM)

Atualmente a China é o país com a maior frota de veículos elétricos do mundo. E logo em seguida está o Chile, onde a circulação de cada e-bus na capital Santiago evita a emissão anual de 60 toneladas de dióxido de carbono (CO2), gás apontado como o principal responsável pelo aquecimento global (leia mais aqui).

Além de menos poluentes, veículos elétricos são mais silenciosos, reduzindo assim não só a poluição do ar, mas também, a sonora nos grandes centros urbanos.

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Foto de abertura: Hully Paiva/SMCS

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