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Califórnia e Washington se tornam primeiros estados dos EUA a anunciar fim da venda de carros a diesel e gasolina até 2035

Califórnia e Washington se tornam primeiros estados dos EUA a anunciar fim da venda de carros a diesel e gasolina até 2035

Primeiro foi o governo da Califórnia e logo em seguida, o de Washington. Os dois estados americanos anunciaram na semana passada que proibirão a comercialização de carros novos movidos a gasolina ou diesel até 2035.

O projeto aprovado pelo California Air Resources Board (CARB) determina que 100% das novas vendas de veículos de passeio, caminhões e SUVs sejam com motores movidos a eletricidade ou hidrogênio, com 1/5 desse total podendo ser de híbridos. A nova legislação não proíbe, entretanto, a circulação de carros antigos a gasolina ou diesel ou ainda, o comércio de usados.

A transição para uma frota menos poluente e sem dependência aos combustíveis fósseis será feita de forma gradual na Califórnia (e já havia sido antecipada em 2020, conforme contamos nesta outra reportagem). A meta do governo é que até 2026 35% dos novos veículos vendidos sejam com zero emissão, 68% até 2030 e 100% até 2035. A expectativa é que com isso, até lá, 915 milhões de barris de petróleo em emissões deixem de ser utilizados.

“Podemos resolver a crise climática se nos concentrarmos nas grandes e ousadas medidas necessárias para reduzir a poluição”, ressaltou Gavin Newsom, governador da Califórnia. “Com os US$ 10 bilhões históricos que estamos investindo para acelerar a transição para a emissão zero veicular, estamos tornando mais fácil e barato para todos os californianos comprar carros elétricos”.

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Já Jay Inslee, governador de Washington, afirmou na sexta-feira (26/08) que seguirá o exemplo da Califórnia, mas ainda não detalhou como isso será feito, mas apenas que haverá uma consulta pública em que a população poderá opinar sobre como a transição deverá ser feita.

“Este é um marco crítico em nossa luta climática. Washington estabeleceu em lei uma meta para que todas as vendas de carros novos sejam zero emissões e estamos prontos para adotar a legislação da Califórnia até o final deste ano”, escreveu Inslee em seu perfil no Twitter.

Já foram alocados US$ 69 milhões para a instalação estações de recarga de “cobrança comunitária” para auxiliar aquelas pessoas que não moram em casas onde conseguirão carregar os veículos elétricos ou movidos a hidrogênio.

Na esfera federal, após meses de negociação, no começo de agosto o governo de Joe Biden conseguiu finalmente aprovar um pacote de US$ 369 bilhões com foco em investimento em energia limpa, no que foi considerado uma vitória histórica para o clima. No setor energético, o dinheiro será destinado principalmente para a construção de plantas solares e subsídios diretos a consumidores que comprarem carros elétricos. Com ele, os americanos que tiverem uma renda anual menor do US$ 300 mil por ano poderão contar com US$ 7,5 mil para adquirir um modelo com zero emissão, mas apenas aqueles fabricados nos Estados Unidos.

Além disso, o plano inclui US$ 7,5 bilhões para a implantação de prontos de recarga, juntamente com mais de US$ 7 bilhões para apoiar a cadeia de suprimentos para apoiar a fabricação doméstica de baterias para veículos elétricos.

Estados Unidos seguem uma tendência mundial. Outros países e fabricantes já confirmaram seus planos de deixar os combustíveis fósseis para trás. Na Noruega, por exemplo, os elétricos já representam 54% das vendas de carros novos. O governo norueguês pretende ser a primeira nação do mundo a proibir a comercialização de carros a gasolina ou diesel já a partir de 2025.

Enquanto isso, o Reino Unido antecipou para 2035 o fim da venda de veículos poluentes e a França definiu o prazo para 2040. Holanda também se comprometeu com o mesma data que a Noruega: 2025.

Vale ressaltar que uma grande preocupação de especialistas é com o descarte das baterias elétricas no futuro, afinal elas também serão fonte de poluição e possível impacto ambiental. Além disso, há um temor ainda de como funcionará o mercado pela exploração de matérias-primas como o lítio, um dos principais componentes nesses motores sem combustão.

Muitos apostam que haverá um boom de empresas de reciclagem de baterias, caso contrário o que veio para se tornar uma alternativa sustentável pode se transformar em um novo grande problema para o planeta.

*Com informações das assessorias de imprensa do Governo da Califórnia e do Departamento de Transportes dos Estados Unidos

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Foto de abertura: Bob Osias on Unsplash

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