Palmeiras que florescem apenas uma vez na vida desabrocham no Rio de Janeiro

Os cariocas e turistas que estão visitando o Rio de Janeiro podem contemplar um espetáculo raro da natureza e que, para essa espécie específica de palmeira, a talipot (Corypha umbraculifera), só acontece uma vez na vida. Algumas delas, no Jardim Botânico e no Aterro do Flamengo, estão em plena floração – com suas flores lindíssimas, amarelas, decorando o alto de suas copas.

No Aterro, as talipot foram plantadas pelo arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx na década de 60. Já as duas palmeiras que desabrocharam no Jardim Botânico foram plantadas alguns anos antes.

A espécie, uma das maiores dentre as palmeiras, pode atingir até 30 metros de altura. Entretanto, não é brasileira, é nativa da Índia, mas pode ser encontrada em outros países da Ásia, como Sri Lanka, Tailândia e China.

“A palmeira talipot só frutifica uma vez na vida, e pode chegar até 5 milhões de frutos. Esse processo da floração à frutificação pode durar até um ano”, explica Marcus Nadruz, coordenador e pesquisador de Coleções Vivas do Jardim Botânico do Rio. 

A floração, chamada de inflorescência, pode acontecer quando a palmeira atinge entre 40 e 70 anos de idade. Depois do aparecimento das pequenas flores, surgirão os frutos, que representarão o começo do fim da existência da talipot, quando sua energia acaba.

O Jardim Botânico do Rio, que em 2025 completou 217 anos, tem em sua coleção mais de 25 mil plantas, de 3.669 espécies diferentes, em uma das mais belas e bem preservadas áreas verdes da cidade. É um dos centros de pesquisa mais respeitados no mundo na área da fauna e da flora. Abriga, por exemplo, a mais completa biblioteca do país especializada em botânica e o maior herbário do Brasil.

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