A solidariedade com os ucranianos vem de todas as partes do mundo. Mesmo quem está muito distante está fazendo o que pode para ajudar. E uma ideia que surgiu nas redes sociais acabou gerando um movimento surpreendente. Nos últimos dias, milhares de pessoas reservaram estadias em cidades da Ucrânia através da plataforma Airbnb. Obviamente que elas não pretendem fazer turismo no meio da guerra, mas enviar recursos financeiros à população do país.
Apenas nos últimos dias 2 e 3 de março, foram agendadas mais de 60 mil noites em casas e apartamentos da Ucrânia. De repente, alguns anfitriões, como são chamados os proprietários dos imóveis disponíveis, viram seus calendários ficarem lotados pelos próximos meses. Tocados com a generosidade de tantos desconhecidos, os ucranianos agradeceram a ajuda em posts nas redes sociais.
“Espero que ganhemos esta guerra e paremos este horror. O apartamento que você acabou de reservar fica em Irpin, que nossos soldados têm conseguido proteger das tropas russas. Prometo usar sua doação para ajudar quem precisa e oferecer meu apartamento para aqueles que perderam suas casas”, escreveu um dos anfitriões.
Assim como fez durante a crise de refugiados no Afeganistão, em agosto do ano passado, o Airbnb anunciou que oferecerá estadia gratuita e temporária para 100 mil ucranianos, assim como por períodos mais longos. Os custos serão financiados pela fundação da companhia e também, por contribuições de doadores, assim como por anfitriões que desejarem fazer parte da campanha, recebendo refugiados em suas propriedades (veja como participar aqui).
Segundo Brian Chesky, fundador e CEO da empresa, ele já está conversando com autoridades da Polônia, Alemanha, Hungria e Romênia para saber como será a melhor maneira de acomodar os refugiados.
Além disso, o Airbnb cancelou a cobrança de todas as taxas dos anfitriões ucranianos. E também suspendeu suas operações na Rússia e na Bielorrúsia.
Mensagem de uma anfitriã ucraniana agradecendo a ajuda: “Sua carta me fez chorar. Eu a reli diversas vezes e chorei de felicidade. Ela tem tudo o que importa agora: amor, apoio e força. Adoro fazer novos amigos. Te convido a visitar nosso país livre após a guerra”.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), 2 milhões de ucranianos já foram obrigados a abandonar suas casas. Se a guerra continuar, há um temor que esse número chegue a 4 milhões.
Solidariedade sem fronteiras
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Foto: UNHCR/Marin Bogonovcshi
Porque não fizeram isso nas invasões do Iraque e da Líbia????? Ah! Tá!.Porque o invasor e matador era o americano do norte!!!!!!