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Kátia Brasil: jornalista mostra ao mundo a realidade da Amazônia e dá voz à sua população

Mulher negra, feminista e destemida, esta jornalista cearense-carioca-amazônida está há mais de 30 anos mostrando ao Brasil e ao mundo os conflitos, riquezas e contradições da maior e mais remota região do país que traz no nome. Kátia Brasil trabalhou em vários veículos regionais e foi correspondente de alguns dos principais jornais do país, para os quais fez inúmeras reportagens mostrando não apenas temas ambientais, como o desmatamento, como também problemas que envolvem narcotráfico, exploração de crianças e adolescentes e o tráfico de mulheres.

Desde 2013, está à frente da Amazônia Real, a primeira agência de jornalismo sem fins lucrativos e independente da região, cuja missão é dar voz à população que não tem acesso à mídia tradicional, defender os direitos humanos e lutar contra a desigualdade. A partir de Manaus, coordena uma equipe de 40 jornalistas que produzem conteúdo acessado e republicado gratuitamente em todo o mundo. Kátia também é ativista feminista e luta, principalmente, por maior participação da mulher na política.

Nesta conversa para o blog Mulheres Ativistas do Conexão Planeta conta, ainda, como a situação se agravou na região após o início do governo Bolsonaro, com risco iminente para as populações tradicionais, e com a pandemia da COVID-19. “A Amazônia Real entrou na cobertura para não deixar a história se apagar”, define.

De onde vem seu ativismo como jornalista e como feminista?

Acredito que esse lado de mulher feminista vem da história da minha família, na qual muitas mulheres sofreram violência. Nasci em Fortaleza, de mãe nordestina e pai de Belém do Pará. Minha mãe se casou muito nova, com 19 anos, teve quatro filhos e se separou cedo. Meu pai bebia e a maltratava. Isso marcou minha vida. Minha avó assumiu a família, tinha uma casa grande, com muitos quartos, e fomos morar com ela.

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Minha avó teve sete filhos e criou mais dois adotivos, ficou viúva e migrou do interior do Ceará para Fortaleza, onde começou vendendo tapioca na rua. Alugou casa, transformou em pensão, vendia comida, fez tudo para criar os filhos. Não sabia ler, mas colocou as filhas em escola particular. Sempre me disse para estudar e não depender de ninguém para sobreviver. No final dos anos 1960, quando eu tinha 7 anos, ela resolveu mudar para o Rio de Janeiro. Um dos meus tios, que era motorista de táxi, também bebia e era violento e ela quis se afastar. Fomos junto com ela.

Sou a única dos quatro irmãos que fez faculdade. Como não consegui passar em uma universidade pública, fui trabalhar muito cedo para pagar meus estudos. Sofri alguns casos de discriminação por ser negra. Na primeira loja em que trabalhei, em um shopping center, a dona me perguntou por que eu queria estudar em uma faculdade particular. Disse a ela que não queria ser vendedora de loja, mas jornalista. Em outra loja, o dono me disse que havia me contratado porque “pessoas da sua cor me dão sorte e sempre tenho uma em casa loja”. Guardei isso, não conseguia ainda ver que era racismo, mas percebia que era errado.

Por que saiu do Rio de Janeiro para ser jornalista na Amazônia?

Estudei na Faculdade de Comunicação e Turismo Hélio Alonso, em Botafogo, e tinha uma vida intensa, inclusive cultural. Frequentava cinema, galerias de arte, shows. Estagiei e trabalhei em diversas rádios durante a faculdade. Meu primeiro estágio foi na rádio Tupi, onde aprendi a apurar a pauta e cobri enchentes da cidade. Me apaixonei pelo rádio e achava que era o que faria a vida toda. Depois, fui repórter na rádio Tropical, na qual havia uma equipe de 20 mulheres e fiz a cobertura do desfile das escolas de samba de 1989.

Trabalhei também na revista Momentos, voltada para jovens, onde era repórter e editora, e no jornal da faculdade, Se Liga Botafogo, pelo qual também fiz coberturas de enchentes no Morro Chapéu Mangueira, no Leme, entrevistando moradores e até o prefeito. Saí de casa antes de me formar e fui morar com uma amiga em Santa Teresa. Na faculdade, conheci um colega, Luiz Marchesini, que me convidou para fundar um jornal para ouvir o bairro e as comunidades ao redor. Trabalhamos juntos na Folha de Santa Teresa de 1989 a 1990.

Antes de atuar com o jornal comunitário, me envolvi com teatro, no grupo Mergulho no Trágico, formado na faculdade por vários artistas, em 1986. Após três meses de estudos, fui trabalhar como produtora e comecei a fazer assessoria de imprensa para o grupo. Nosso primeiro espetáculo foi Édipo Rei e ganhamos o Prêmio Mambembe de revelação, em 1987. Até que uma colega da rádio Tropical disse que abririam um jornal em Roraima e havia vagas. Me inscrevi e passei. Aceitei a proposta porque era boa financeiramente e queria conhecer a Amazônia. Tinha visto Chico Mendes durante um espetáculo com a Marcela Cartaxo – do qual eu era produtora – no Paço Imperial, no qual ele foi homenageado. Não cheguei perto, mas tinha fascinação por ele. Estava terminando a faculdade e meus professores me aconselharam a ir.

Como foi sua primeira experiência profissional em Roraima?

Fui trabalhar em O Estado de Roraima, jornal do então senador Romero Jucá, criado para a campanha dele na disputa a governador, embora eu não soubesse disso quando aceitei o convite. Tinha 27 anos e foi um choque cultural muito grande. Boa Vista tinha energia elétrica apenas quatro horas por dia, das 18 às 22 horas. Fazia um calor pior do que no verão carioca. O jornal não tinha nem computador. Roraima só virou estado em 1988. Em 1990, Boa Vista era uma cidade em obras, a primeira universidade estava sendo criada e tinham acabado de fechar um garimpo com 40 mil pessoas na Terra Indígena Yanomami.

Foram nove meses de trabalho intenso, quando aprendi a cobrir política e também a ser correspondente. Fiz um trabalho como freelancer para O Globo sobre a primeira visita de Lula a Roraima, na eleição que ele perdeu para Collor. Depois disso, comecei a ser correspondente do jornal. Jucá perdeu as eleições e não pagou aos jornalistas. Voltei para o Rio de Janeiro. Fiquei uns dois nesses na casa de minha mãe e entrei na Justiça para receber a indenização trabalhista.

Um amigo jornalista, Plínio Vicente, me ligou falando de um projeto de reformulação da A Gazeta de Roraima, que seria a primeira redação informatizada de Boa Vista, e precisavam de repórteres com interesse pela pauta socioambiental. Já escrevia para O Globo. Em janeiro de 1991, voltei para a Amazônia.

Foi nessa época que começou a produzir grandes reportagens sobre conflitos na Amazônia?

Sim, fiquei na Gazeta de Roraima até 1992 e participei em Minas Gerais do evento Green Press, que formou a primeira rede de jornalistas ambientais do Brasil. Pelo jornal fiz muitas matérias sobre conflitos envolvendo a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e os fazendeiros. Também operações de retiradas de garimpeiros do território Yanomami. Nunca tive dificuldade de ouvir os indígenas, os fazendeiros, os garimpeiros e o bispo da Igreja Católica. Ganhei o Prêmio Esso com uma matéria sobre um conflito envolvendo garimpeiros e a Guarda Nacional da Venezuela na fronteira do Brasil, pelo jornal A Gazeta. Foi o primeiro e único Prêmio Esso do Estado de Roraima. Também trabalhei para a TV Educativa, onde cobria meio ambiente, mas lá sofria cerceamento.

Em 1993, era correspondente de O Globo e trabalhava na TV quando houve o massacre dos Yanomami. Estava de férias e tinha ido conhecer Manaus. O jornal me chamou para voltar à Boa Vista. Quando cheguei, a TV não quis que eu fizesse cobertura porque disseram que eu era muito indigenista. Mas fiz muitas matérias para O Globo, e fomos o primeiro veículo a noticiar o local onde os Yanomami que sobreviveram ao ataque se refugiaram.

Por que você trocou Boa Vista por Manaus?

Fiz a cobertura sobre o caso Paulo Coelho, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), assassinado na porta de casa depois de avisar que iria investigar casos de desvio de recursos no Tribunal de Justiça de Roraima. Fui a repórter que fez a primeira matéria na TV Educativa.

Em uma de minhas idas à delegacia, os suspeitos presos me chamaram para dizer que não eram culpados, que eram bodes expiatórios e que estavam com medo. Houve um movimento da OAB na mídia nacional, mas havia um movimento para encobrir um desembargador, que acabou descoberto e seus filhos presos. Quando fui ouvi-lo, ele disse que eu iria amanhecer com a boca cheia de formiga. Falei com a Polícia Federal, ganhei um segurança por algumas semanas, mas resolvi ir embora de Boa Vista.

Em dezembro de 1993, fui trabalhar no jornal Amazonas em Tempo, que era o segundo jornal do estado, como editora de economia. Fui aprender o que era a Zona Franca. Fiquei lá até 1995.

Desde então, você tem mostrado uma Amazônia com problemas que vão muito além de desmatamento

Depois do Amazonas em Tempo, fui para a TV Cultura e me tornei correspondente de O Estado de S. Paulo, onde fiquei sete anos. Cobri o escândalo das compras de voto de FHC, quando o governador Amazonino não me deu entrevistas. Foi uma época difícil e turbulenta para jornalistas. Pelo jornal, fui indicada novamente ao Prêmio Esso por uma matéria sobre desmatamento. Na TV, duas reportagens minhas, uma sobre prostituição de crianças e adolescentes e uma sobre crianças moradoras de rua, simplesmente sumiram. Matérias que fiz sobre desmatamento e madeireiras também não saíram. Discuti com o editor e acabei demitida. Decidi que nunca mais trabalharia para a imprensa local e fiquei apenas com o Estadão.

Em 2000, fui para a Folha de S. Paulo, onde trabalhei até 2013. Sempre estive na linha de frente. Na Folha, viajei muito pela Amazônia, não apenas a brasileira. Cobri o tráfego de drogas, estive com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), sem que soubessem que eu era jornalista, para investigar o contrabando de alimentos e drogas. Cobri pautas sobre o tráfico de mulheres e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Também percebi que temas como povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas eram tratados com pouco interesse pelos editores, como “um Brasil profundo”, o que tornava invisíveis as histórias e questões da Amazônia.

Como surgiu e o que é a Amazônia Real?

É a primeira agência de jornalismo sem fins lucrativos e independente da Amazônia, inspirada na Agência Pública, de São Paulo, e nos sites ProPublica, dos Estados Unidos, e El Faro, de El Salvador. Foi fundada quando saí da Folha: por mim e pelas jornalistas Elaíze Farias e Liège Albuquerque (que depois saiu para se dedicar à carreira universitária). A ideia era produzir conteúdo para todo mundo poder usar, mas não sabíamos como empreender no jornalismo. Estava de férias no Rio e marquei uma reunião com o professor Rosental Calmon Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas em Austin (EUA), para falar sobre modelo de negócios. Ele nos aconselhou a produzir e a mostrar primeiro o que queríamos fazer, liberar o conteúdo do site, porque nosso público, que são também os povos da floresta, não poderia pagar pelas matérias, assim democratizaríamos a informação. Nossa missão é dar voz à população da Amazônia que não tem acesso à mídia, defender os direitos humanos e a liberdade de expressão. Praticamos dentro da redação valores como a equidade, a diversidade e a igualdade.

No início do projeto, o investimento saiu da indenização trabalhista que recebi da Folha. Com o dinheiro, eu deveria ter comprado ou dado uma boa entrada no meu apartamento, mas decidi me dedicar por um ano ao trabalho na agência. Elaíze Farias também se dedicou muito e financiou o projeto, e contamos com o apoio fundamental do fotógrafo Alberto César Araújo, que liberou seu arquivo de milhares de fotos da Amazônia. Outros fotógrafos também ajudaram. Em 2014, apresentamos um projeto para a Fundação Ford e recebemos a primeira doação para produzirmos os conteúdos contratando jornalistas e, assim, começar a formar uma rede de profissionais nos estados e realizar viagens para chegar em comunidades, algumas das quais nunca tinham recebido visita de um profissional da comunicação.

Como funciona a agência?

Ela depende de doações, pois todas as reportagens e conteúdos produzidos são públicos. Não vendemos notícias nem fotos. Nosso material é lido em mais de 180 países, já teve mais de 3,5 milhões de acessos, com média de 100 mil acessos por mês. É republicado por sites no Brasil* e no exterior. Já fomos citados pelo New York Times e publicamos reportagens no El Pais, na agência espanhola EFE e na empresa alemã DW. A partir de 2015, passamos a realizar também debates, exposições de fotografia, oficinas, a produzir vídeos e curtas metragens, muitos deles premiados.

Temos uma equipe de 40 profissionais, incluindo colunistas. São 22 mulheres e 18 homens. Exigimos equidade também dos parceiros, aprendemos muito sobre isso com a Fundação Ford. Todos nossos jornalistas são remunerados, têm seguro de acidente e os salários são iguais. Prezamos pela equidade e pela diversidade racial, de homens e mulheres, LGBTs, indígenas, negros…

Atualmente, realizamos a cobertura sobre a pandemia da COVID-19 e estamos em casa desde 13 de março. Somos dez pessoas em Manaus, três em Roraima, uma no Acre, uma em Rondônia, uma no Amapá, quatro em Belém, duas em Mato Grosso e três em São Paulo, além dos colunistas, pessoas especializadas nos temas da Amazônia, como o jornalista Lúcio Flávio Pinto, o cientista Philip Fearnside e a feminista Fátima Guedes.

E onde entra sua militância feminista?

Em 2107, fui uma das fundadoras do coletivo partidAmazonas, uma iniciativa para empoderar mulheres na política institucional. A feminista Elisa Wandelli promoveu um encontro com a filósofa Marcia Tiburi, fundadora da partidA nacional no Rio de Janeiro, junto com Marielle Franco. No encontro em Manaus, reunimos mais de 50 mulheres. Depois, aos sábados, passamos a nos encontrar no Parque do Mindu para discutir política. O movimento cresceu e, em 2018, realizamos o projeto com rodas de conversa, que chamamos de Diálogos da partidAmazonas.

A partidA de Recife criou o projeto Meu Voto Feminista, que veio para Manaus. Na nossa campanha de conscientização pelo voto em mulher, criamos uma marchinha em que fui coautora junto com Elvira Eliza França, também fundadora do coletivo.  

Nas rodas de conversa dos Diálogos, discutimos a situação das mulheres LGBT, imigrantes, indígenas, negras, com o objetivo de criarmos uma plataforma de políticas públicas para apresentar as candidatas das eleições daquele ano. No final da sequência de rodas, realizamos o primeiro debate entre candidatas à deputada federal, estadual, governadora e senadora de partidos de esquerda. Foi um marco na história da política amazonense. Apresentamos nossas propostas com os princípios das mulheres feministas, incluindo o conceito de ecofeminismo. Isso me fez crescer muito como mulher.

O movimento trouxe resultados nas eleições?

Não conseguimos eleger nenhuma das candidatas feministas no Amazonas. O poder do patriarcado e do machismo aqui é muito forte. Mesmo as mulheres no poder representam essa oligarquia. Não nos representam na luta feminista. Em Recife, São Paulo e Rio de Janeiro, houve muito sucesso da campanha Meu Voto será Feminista. A luta da mulher feminista na política está só começando. Marielle é o exemplo dessa mudança, que mostrou ser possível que mulheres negras, indígenas e de famílias pobres assumam seu protagonismo na política institucional.

Como está a situação na região, com a pandemia e o desmatamento fora de controle?

Moro aqui há mais de 30 anos e a Amazônia sempre foi atacada pelos grupos econômicos que querem o desenvolvimento a qualquer custo, sem levar em consideração as populações tradicionais e a importância da preservação da floresta. A história da região é a da luta dos povos para manter seus territórios para o futuro. Sem terra, essas comunidades deixarão de existir.

Após a eleição de Bolsonaro, a Amazônia se tornou alvo desse olhar desumano. Quando ele assumiu o governo, desmontou equipes ambientais construídas durante anos. Em 2019, houve explosão do desmatamento e queimadas. Isso sempre aconteceu, mas aumentou de forma criminosa nesta gestão, que passou a promover regularização de terras ilegais em terras indígenas e unidades de conservação. Todas as populações estão em risco. A mineração está entrando com grandes indústrias com maior potencial de exploração, sem contar os garimpeiros invadindo as terras indígenas. Esses povos estão sendo assassinados por invasores de terra. É fruto desse desgoverno o que ocorre na Amazônia.

Quando chega a pandemia em uma região assim e ainda com problemas sérios de desvio de recursos das áreas de saúde e educação, um cenário de tragédia se instala, com falta de hospitais, UTIs. Manaus é uma capital com mais de 2 milhões de habitantes, com pessoas morrendo nas portas de hospitais. A crueldade das valas comuns, uma desumanidade com pessoas pobres, é fruto de anos e anos de oligarquias que mandam no estado. Fico aqui em casa vendo as ambulâncias passarem e, ao mesmo tempo, o viaduto cheio de carros. A quarentena é só é da boca pra fora. O comportamento do presidente reverbera nas pessoas de todas as classes, que só acreditam na doença quando morre alguém da família.

A Amazônia Real entrou na cobertura para não deixar a história dos povos indígenas se apagar, não virar apenas um número de estatística.

Como contei, desde 13 de março estamos trabalhando de casa. Apenas os fotógrafos estão na rua, mesmo assim com muito cuidado na higiene e com os equipamentos para evitar o contágio do vírus. Um dos nossos fotógrafos está muito abalado com o que tem visto nos cemitérios. Um fotógrafo de Belém está com COVID-19 e sua avó faleceu. Outra repórter, também de Belém, perdeu o tio para a doença. Para cuidarmos uns dos outros, reunimos a equipe online, frequentemente, para saber como todos estão, para que não se abalem. Pedimos ajuda para a organização Repórteres Sem Fronteiras, que tem um projeto especial para repórteres com histórico da doença, para dar apoio ao nosso repórter doente. E mexemos no planejamento do orçamento para 2020: cancelamos todas as viagens para aumentar a remuneração dos jornalistas neste período da pandemia.

Além da cobertura, a pandemia nos trouxe outras demandas. Uma delas foi a participação na rede de mulheres feministas solidárias. Há dois meses, a rede faz doações de alimentos e material de higiene para mais de 100 mulheres – diaristas, manicures, autônomas, artesãs, trans, indígenas – com cestas básicas.

A Amazônia Real também apoiou a produção de máscaras nas comunidades das mulheres Sateré-Mawé e no Parque das Tribos, fazendo a ponte para quem pode doar. A ideia é que todas tenham o direito de ficar em casa e não ficar sem ter o que comer. São batalhas diárias que exigem das mulheres solidariedade e compaixão. Como aprendemos com as mulheres da floresta: “Sem feminismo, não existe democracia e nem bem viver”.

*NOTA DA REDAÇÃO – Desde que o Conexão Planeta foi lançado, em 2015, a agência Amazônia Real está entre as fontes confiáveis que integram o conteúdo publicado em nosso site.

Edição: Mônica Nunes

Foto: Alberto César Araújo

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