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Biólogos temem pela sobrevivência de jubarte sem cauda, provável vítima de redes de pesca

Biólogos temem pela sobrevivência de jubarte sem cauda, provável vítima de redes de pesca

A princípio parecia apenas uma jubarte nadando próximo à llha de Lopez, no Mar de Salish, no estado de Washington (EUA). Mas logo o olhar atento e os anos de experiência de Jessica Farrer perceberam que havia algo errado. Muito errado. A baleia tinha perdido sua cauda.

“Todo mundo sabe como é a cauda de uma baleia-jubarte. É uma das imagens de mamíferos marinhos mais fotografadas e icônicas do mundo. Ver isso [uma baleia sem cauda]… É muito difícil”, disse ao The Seattle Times a diretora de pesquisas do Whale Museum of Friday Harbor, instituição que fez a filmagem por drone do animal e o está monitorando.

A suspeita de biólogos é que a jubarte perdeu a cauda, que tem mais de 4 metros, ao ficar presa em cordas, redes ou apetrechos de pesca. O temor agora é pela sobrevivência de Catalyst, como a baleia foi batizada, já que essa parte do corpo é fundamental para que ela ganhe propulsão ao nadar.

Infelizmente, amputações de partes do corpo entre esses cetáceos não são raras de ser registradas. Podem ser resultado tanto de acidentes em colisões com embarcações ou com material de pesca. Nesse caso, o suprimento de sangue é cortado, e a cauda ou a nadadeira presas, eventualmente morrem e caem.

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Segundo a Agência de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), baleias-jubartes são as que mais ficam presas em apetrechos na costa oeste do país.

“As baleias-jubarte são famosas por suas nadadeiras; cada indivíduo tem um padrão na parte inferior da nadadeira exclusivo, muito parecido com as listras de uma zebra. Além de permitir que os cientistas as identifiquem e rastreiem, a nadadeira é a principal fonte de propulsão de uma baleia. Sem sua nadadeira, sua capacidade de migrar, se alimentar e se mover efetivamente fica seriamente comprometida e ela deve gastar mais energia devido à natação anormal”, escreveu o Whale Museum em suas redes sociais. “
Esta baleia serve como um lembrete grave de quão perigosos e custosos os emaranhados em detritos marinhos podem ser para os mamíferos marinhos”.

Descrita pela primeira vez na Nova Inglaterra, nos EUA, a baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) tem seu nome científico vindo deste local – novaeangliae – e Megaptera por causa de seu tamanho, já que em grego antigo este termo significa “grandes asas”. Suas imensas nadadeiras peitorais podem medir até 1/3 do comprimento total de seu corpo, algo em torno de 16 metros.

As jubartes podem ser encontradas em todos os oceanos. Chegam a pesar até 40 toneladas. Por isso mesmo, é tão impressionante ver o salto de uma delas, que consegue projetar todo seu corpo para fora da água.

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Foto de abertura: reprodução vídeo © The Whale Museum/ NMFS Permit #24359

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