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Defensores dos direitos animais lutam pela proibição das corridas de galgos no Brasil

Defensores dos direitos animais lutam pela proibição das corridas de cachorros galgos no Brasil

*Atualizado em 16/02/21
Depois da repercussão provocada por várias reportagens no país sobre as corridas de galgos, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assinou um decreto no último dia 10/02, que põe fim à realização de corridas que utilizam cães e a outras crueldades contra os animais no estado, por meio da regulamentação de um artigo do novo Código Ambiental. Além disso, o governo encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto de lei (PL) que consolida a legislação relativa à proteção aos animais.

Segue abaixo texto original desta reportagem.

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Apesar de ter sido sancionada no ano passado a lei que prevê pena de até 5 anos para maus-tratos contra cães e gatos no Brasil, ainda existe uma prática cruel e bárbara sendo realizada no país: a corrida dos galgos. Muito comum na região Sul, sobretudo no Rio Grande do Sul, a “competição” com os cachorros não sofre qualquer tipo de regulamentação e é realizada, muitas vezes, com apoios de políticos locais.

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No ano passado, por exemplo, a prefeitura de Bagé anunciou o investimento de R$ 251 mil na construção de um salão para criadores da raça. Apesar de o prefeito Divaldo Lara ter alegado que a obra era para a “comunidade”, há anos o local abriga uma pista de corridas utilizada aos finais de semanas pelos criadores de galgo.

Já em Uruguaiana, também em 2020, um projeto de lei foi aprovado para transformar a “modalidade” em Patrimônio Histórico e Cultural da cidade, todavia, o prefeito vetou a iniciativa.

Atualmente as corridas de galgos são legalizadas em apenas oito países do mundo. Na América do Sul, graças a uma forte mobilização de organizações de proteção animal, Argentina e Uruguai proibiram as corridas de galgos. Com isso, muitos criadores e apostadores – chamados de galgueiros -, acabaram indo para o Rio Grande do Sul.

Propaganda de corrida realizada em São Gabriel

Maus-tratos e crueldade

Apesar dos galgueiros afirmarem que os cachorros que participam dessas corridas são bem tratados, sabe-se que nos bastidores esses animais sofrem os mais diversos tipos de crueldade. Pra que se consiga ter os cães mais velozes, muitos são criados e aqueles que não são rápidos o bastante, acabam sendo sacrificados.

De acordo com a The Humane Society, dos Estados Unidos, a maioria dos galgos passam a vida confinados em gaiolas, recebem injeções de anabolizantes e alguns, são até drogados.

Animais com lesões são abandonados pelos criadores

Além de toda essa barbárie, durante as corridas muitos cães sofrem fraturas e outros tipos de ferimentos. Alguns são abatidos nas próprias pistas das competições.

Entre 2008 e 2018, foram registradas mais de 15 mil lesões nessas raças de cães nos Estados Unidos.

Galgo ferido na Flórida

Associação com o tráfico de drogas e o trabalho infantil

Não bastassem as corridas de galgos usarem animais indefesos para proporcionar “diversão” a alguns seres humanos, esse tipo de prática ainda é comumente associada com a venda de drogas ilegais e o uso de trabalho infantil.

Segundo denúncia da Associação Protetora de Plottier (e reproduzida pela ONG Olhar Animal), em 2015, menores foram filmados levantando apostas e entregando drogas em uma corrida de galgos na Argentina, quando o país ainda permitia sua realização.

“Sabemos que as corridas levam, acentuam e agregam o estigma do vício em drogas e dos jogos de azar às comunidades onde se instalam, e levam o prejuízo econômico – o poder público passa a desempenhar o papel de “gerenciador” dos prejuízos dos locais onde se instalam as corridas de cães, desviando-se das sua finalidades. Daí a importância do engajamento de todos os seguimentos e lideranças locais”, afirma a bióloga Juscelita Noetzold, que atua à frente do movimento Galgo Livre BR.

“As corridas de galgos são o cenário onde ocorrem grandes atos de crueldade e maus-tratos para com os animais. As tentativas de proliferação das corridas de cães do Rio Grande do Sul se estendem perigosamente para os demais estados em todo o território nacional evidenciando a necessidade de ações concretas, a começar por um quadro regulamentar específico, cujo objetivo fundamental é o cumprimento da proibição das corridas, evitando não só os maus tratos, os abusos e a crueldade a que esta espécie é submetida, mas de todos os animais que são usados para treiná-los”, denuncia.

Cães usados nas corridas vivem confinados em jaulas, sem as mínimas condições de higiene

Pela proibição no Brasil!

Já existe um projeto de lei, o PL 1441/2019, apresentado em março de 2019, tramitando na Câmara Federal, em Brasília, que pede a proibição das corridas de galgos no Brasil.

Precisamos agora pressionar os deputados a votar logo o PL e acabar de uma vez com todas com essa prática em nosso país.

Você também pode assinar uma petição online pela proibição das corridas de galgos no Brasil. Acesse já aqui e compartilhe!

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Fotos: Kalle Gustafsson/Creative Commons/Flickr (abertura) e demais reprodução The Humane Society USA (Sonia Stratemann/alm Beach County Sheriff’s Office e Jeff Sonksen)

Comentários
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Zana Magarão
Zana Magarão
4 anos atrás

A penalidade tem que ser mas severa contra os galgos ou outros animais em geral……gosta de corrida?Correr então , coloque seus familiares na pista e pergunte se estão gostando.
Humanos cruéis que vão colher dos frutos das
suas maldades.
Lembre se quando tiver no leito de um hospital sentindo dores sem chance de tratamento pra te salvar ,lembre_ se dos cães que matou sem nenhuma compaixão.
porque o dia de vocês vai chegar.
Algumas vezes quem acaba pagando o preço
pelas suas maldades será alguém que vocês tanto amam.
Em breve os cruéis serão “DECEPADO DA TERRA PRA TODO SEMPRE”
será o dia mas feliz da minha vida.

Carlos Bruno Mundstock
Carlos Bruno Mundstock
4 anos atrás

A vida útil de um galgo para corridas é de apenas 2 anos. Depois disso o descarte. De centenas de galgos criados para corrida, somente alguns são eleitos para correr, os demais são descartados; Cidades que pensam ganhar destaque e glamour com corridas de galgos, mais tarde ficarão conhecidas pela imagem dos galgos esqueléticos perambulando pelas ruas.

Homarion geurer
Homarion geurer
4 anos atrás

Por que nao regulamenta entao as corridas, cadastra caes e criadores, se proibirem so aqui seram mais de 500 caes que nao teram serventia nenhuma.

Pati
Pati
4 anos atrás
Responder para  Homarion geurer

Serventia? Então você assume que eles só servem pra ganhar DINHEIRO?

Fabricio
Fabricio
4 anos atrás

#proibicão geral agora#

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