Queremos ver passarinhos de perto; então, botamos umas bananas em alguns pontos estratégicos e espiamos o movimento.
Saíra-sete-cores e saíra-lenço vêm de bando; às vezes dividem poleiro com um ou dois casais de gaturamo, quando o sanhaço ou o tiê-sangue dão mole. Se bicam, berram, espantam, mas no fim, todo mundo come.
Isto quando não chega uma saracura e leva tudo embora. Também pudera, está com dois adolescentes famintos que não largam do pé, pedinchando o tempo todo!
Hoje, tivemos um novo visitante. Desde quando chegamos na Baía da Babitonga, há um ano, esta é a primeira visita de um encontro. Isso mesmo, esse é o nome popular do bicho, sabes por quê?
Estás a ver a mancha alaranjada? Por conta dessa mancha, visualmente no “encontro” entre a asa e o corpo quando a ave está de asa fechada, é que batizaram o passarinho.
Assim como o nome, a cor do “encontro” muda conforme a região: no Pantanal é conhecido como primavera ou inhapim; em São Paulo e Paraná é melro, mero ou soldadinho; no Norte/Nordeste é chamado de pega (ou pêga), soldado, maria-pretinha, gorricho, guacho, viana, rouxinol-da-amazônia, xexéu-de-bananeira e xexéu-soldado.
Pertence a família Icteridae, considerada uma galera inteligente, tanto que o nosso encontro imita os cantos de aves predadoras para afugentar concorrentes no local onde acha alimento.
Não é interessante? Pois, então!
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Foto: Renato Rizzaro
