
Um novo artigo científico publicado há poucos dias por pesquisadores do Centro para a Prevenção e o Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) afirma que aproximadamente 59% de todas as transmissões da COVID-19 são a partir de pessoas assintomáticas: 35% de indivíduos pré-sintomáticos e 24% que nunca apresentam sintomas.
Ou seja, os cientistas estimam que pelo menos 50% das novas infecções por SARS-CoV-2 tenham se originado da exposição a indivíduos com infecção, mas sem sintomas. Esse número só reforça ainda mais a recomendação de especialistas sobre a necessidade do uso das máscaras de proteção e do distanciamento social. Exatamente o contrário daquilo que foi visto no final de semana passado nas praias do Rio de Janeiro…
O objetivo do estudo divulgado na publicação JAMA Network era analisar a proporção de transmissões do novo coronavírus. De acordo com os modelos usados pelos pesquisadores, 30% das pessoas contaminadas pela COVID-19 nunca desenvolvem sintomas, todavia são 75% tão infecciosas quanto aquelas que desenvolvem a doença.
“Além da identificação e isolamento de pessoas com COVID-19 com sintomas, o controle eficaz da disseminação exigirá a redução do risco de transmissão de pessoas com infecção que não apresentam sintomas. Essas descobertas sugerem que medidas como uso de máscaras, higiene das mãos, distanciamento social e testes estratégicos de pessoas que não estão doentes serão fundamentais para desacelerar a disseminação do coronavírus até que vacinas seguras e eficazes estejam disponíveis e amplamente utilizadas”, ressaltam os pesquisadores.
De acordo com o levantamento feito pela Universidade Johns Hopkins dos Estados Unidos, a pandemia da COVID-19 já matou mais de 1,9 milhão de pessoas no mundo inteiro e contaminou outras 90 milhões. No Brasil, o número de mortos passa de 200 mil e os casos positivos somam mais de 8 milhões.
Nas últimas semanas, os números subiram muito em vários países e as autoridades alertam que tanto nos lugares onde a vacinação já começou, como naqueles onde ainda não há data definida, como é o caso do Brasil, não é hora de baixar a guarda. O vírus continua circulando entre a população e há uma nova variante que especialistas acreditam ser ainda mais contagiosa.
Por isso, continue usando a máscara e evite aglomerações! Essas atitudes podem não apenas salvar a sua vida, mas das pessoas que você ama!
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Foto: Tomaz Silva/Agencia Brasil/Fotos Públicas
Assintomáticos são mais difíceis de se conviver com eles, restringindo sua liberdade em prol dos outros, uma vez que nem sempre, principalmente os mais jovens, estão a fim de ficar presos em casa, na suposta pretensão de que reunir-se com os amigos e beber com eles, continua sendo a melhor opção, na ótica deles, não importa que o mundo esteja explodindo em volta. Pena que essa obstinação à realidade científica comprovada e às estatísticas dos mortos indicando a gravidade da situação e o risco efetivo à saúde e à vida, esteja prejudicando os idosos e pessoas na faixa de risco onde esses jovens irresponsáveis residem e que, infelizmente, são os que morrerão por causa deles, não eles.