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Pele de tilápia ajuda na cicatrização das patas de Melancia, filhotinha de anta resgatada no Pantanal

Pele de tilápia ajuda na cicatrização das patas de Melancia, a filhotinha de anta resgatada no Pantanal

Há quase um mês contei, nesta outra reportagem, a história de Melancia. A filhotinha de anta foi encontrada sozinha pela equipe do Onçafari. Ela era mais uma das vítimas dos incêndios que atingiram várias áreas do Pantanal em agosto. A jovem fêmea estava muito debilitada, desidratada e apresentava lesões graves e profundas, queimaduras de segundo e terceiro graus, nas patas.

Melancia, que tem cerca de seis meses, segue em tratamento na base do Onçafari no Pantanal Sul. Ela está em um recinto de reabilitação/reintrodução, localizado no refúgio ecológico Caiman, no município de Miranda, recebendo cuidados veterinários intensivos diariamente.

Além da aplicação de pomadas e laserterapia para acelerar o processo de cicatrização, os veterinários responsáveis por Melancia também estão fazendo o uso de pele de tilápia nas patas da filhote. O método pioneiro foi desenvolvido no Brasil, por médicos do Ceará, há alguns anos, e hoje é amplamente empregado no tratamento tanto em seres humanos, como animais, que sofreram queimaduras.

“Recebemos um treinamento para uso de pele de tilápia como curativo para animais queimados, realizado por uma equipe da Operação Arca de Noé, do Ibama”, conta Ricardo Corassa Arrais, veterinário do Onçafari. “O quadro tem evoluído de maneira positiva, com cicatrização satisfatória e ausência de infecção”, revela ele.

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Ricardo explica que a pele da tilápia é aplicada diretamente sobre as lesões e então coberta com gaze, atadura de tecido e elástica. Esse curativo é repetido a cada quatro ou seis dias.

“Usamos tilápias frescas e saudáveis, pescadas no dia. Removemos apenas a pele, que então passa por um processo de limpeza e fica refrigerada, em solução degermante até o momento da aplicação”, diz o veterinário.

Pele de tilápia ajuda na cicatrização das patas de Melancia, a filhotinha de anta resgatada no Pantanal
Ricardo fazendo o curativo com a pele de tilápia
Foto: divulgação Onçafari

Um dos principais benefícios da utilização da pele da tilápia é que, como ela pode ficar sobre a lesão por vários dias, evita que curativos precisem ser feitos com mais frequência, reduzindo a necessidade de sedação constante nos animais. Além disso, evita-se a contaminação externa e a perda de líquido e proteína, que desidratam o paciente.

Atualmente o Onçafari está cuidando de duas antas que sofreram queimaduras nos incêndios. No caso de Melancia, o tratamento deve ser longo, diz Ricardo. Depois que estiver totalmente recuperada, como é uma filhote, precisará ainda passar por um treinamento para se ter certeza que poderá ser reintroduzida na vida selvagem.

Pele de tilápia ajuda na cicatrização das patas de Melancia, a filhotinha de anta resgatada no Pantanal
Equipe de veterinários realizando a aplicação de laser nas queimaduras da filhote
Foto: divulgação Onçafari

Doações através do Recupera Pantanal

Para poder custear o trabalho de resgate e tratamento de animais, como Melancia, o combate aos incêndios e a compra de novos materiais, que foram destruídos pelo fogo, o Onçafari lançou a campanha Recupera Pantanal. Através do site é possível escolher um valor para ajudar o trabalho da equipe da ONG.

Ou então, você pode fazer um depósito diretamente pelo PIX 24.030.384/0001-53

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Foto de abertura: divulgação Onçafari

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Rinaldo de Andrade
Rinaldo de Andrade
8 dias atrás

Tolerância zero contra as queimadas no Brasil , cadeia neles

Camila
Camila
7 dias atrás

Muito lindaa

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