Certa feita, vi uma fotografia de Leni Riefenstahl – fotógrafa que retratou Hittler e, depois da Guerra, se isolou na África – em uma publicação internacional na qual um jovem pastor africano tocava um grande rebanho bovino. Era um contra luz maravilhoso! A poeira subia e o sol criava desenhos e sombras mostrando as formas daquela cena que nunca mais me saiu da cabeça.
Eis que “esta cena” acaba de se materializar de forma diferente, com gente diferente, em um lugar diferente, em um mundo tão distante. Foi na aldeia dos Kalapalo, no Parque Indígena do Xingu, durante ritual da guerra, o Djawari.
A luz acontece e cria seus desenhos, suas formas e, neste instante, eu estou lá para materializar meu olhar. À frente, os homens se apresentam para a aldeia e cantam a música da guerra. Atrás, vão os mais jovens aprendendo os passos de seus tios e pais. É a aldeia cantando suas tradições.
Ao fotógrafo cabe apenas o momento certo de disparar sua máquina e eternizar o momento.
Sem dúvida um contra luz maravilhoso meu amigo! Parabéns! Espero um dia poder aprender contigo a fazer esse tipo de mágica também! Grande e fraternal abraço!