
Depois das últimas semanas com tantas más notícias que chegaram do Pantanal, é com muito alívio e alegria que trazemos atualizações sobre o estado de saúde de Itapira, a onça-pintada que foi encontrada com as quatro patas queimadas dentro de uma manilha no município de Miranda, em Mato Grosso do Sul, e precisou ser levada para o Instituto NEX No Extinction, em Corumbá de Goiás, referência no tratamento de queimaduras nesses felinos.
Após pouco mais de uma semana de cuidados intensivos, Itapira já está de pé! E não demonstra incômodo ao caminhar.
“As patas da frente seguem com o uso de pomadas, mas não precisam mais das botinhas e do tratamento com ozônio. As lesões estão cada vez melhores. As patas traseiras ainda precisam das botinhas e da ozonioterapia. Já suspendemos o uso de antibióticos e anti-inflamatórios”, revela Daniela Gianni, coordenadora de projetos e atividades do NEX.
Ela conta ainda que Itapira fez também um ultrassom na terça-feira (27/08) que demonstrou que não há nenhum problema abdominal. “Itapira está se alimentando super bem. Já recuperou o peso perdido!”, celebra Daniela.
Quando Itapira chegou ao instituto já havia perdido 7 kg e não se alimentava há cinco dias. Estava muito desidratada e anêmica. E apresentava sinais de infecção nas patas traseiras, onde tinha queimaduras de segundo grau.

Foto: acervo NEX No Extinction
A jovem fêmea, de dois anos, é monitorada pelos biólogos da organização Onçafari desde o seu nascimento. Itapira faz parte de uma linhagem muito simbólica e especial. Ela é filha de Isa, que ao lado da irmã Fera, foram as primeiras onças-pintadas do mundo a serem reintroduzidas na natureza (leia mais aqui).
A expectativa é que, em breve, Itapira possa voltar ao Pantanal. Por essa razão, quando não está sedada para a realização do tratamento, a equipe do NEX evita ao máximo o contato dela com seres humanos, assim ela mantem seu instinto selvagem.

Foto: acervo NEX No Extinction
Contribua para o tratamento de Itapira
O NEX No Extinction é uma instituição que recebe e cuida de felinos resgatados e ainda, trabalha com a reprodução em cativeiro para possíveis reintroduções na vida livre. Assim como Ousado, há quatro anos o instituto cuidou de Amanaci, outra onça que teve as patas queimadas pelo fogo, mas que, infelizmente, não pode ser devolvida ao Pantanal, pois sas lesões foram graves demais e ela perdeu as garras, ou seja, não conseguiria sobreviver em vida livre.
Para ajudar com os altos custos do tratamento de Itapira, o NEX, que é uma organização sem fins lucrativos e que depende de doações, iniciou uma vaquinha online na plataforma Catarse para arrecadar recursos. Você pode contribuir neste link!
Você também pode doar – qualquer valor é importante! – através do PIX 04 567 090 0001 58
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Foto de abertura: acervo NEX
Porque as prefeituras não fazem projetos de construções dentro de pantanais,para os bichos terem um escape da morte.Quando colocarem fogo essas áreas sejam monitoradas dentro dessas contruções.É uma ajuda pra toda bicharada preservação da natureza.Falo de várias dentro do pantanal,porque terem um pequeno espaço de tempo curto para a sobrevivência deles.Imagino o desespero desses animais corrida da vida e sem lugar busca de segurança uma proteção e encontram a morte,animais jovens.😱😭😰😢