O mercado da moda tem uma pegada de carbono gigantesca. Além de estimular um consumo muitas vezes desnecessário, a produção de roupas demanda uma quantidade enorme de energia e água. Fora isso, um volume escandaloso de resíduos têxteis são descartados, muitas vezes em aterros sanitários, assim como peças que deixaram de ser vendidas.
Só na França, estima-se que, por ano, 700 mil toneladas de roupas são jogadas no lixo. Para reduzir esse desperdício absurdo, o governo daquele país anunciou que, a partir de outubro, irá oferecer um bônus para os franceses que mandarem consertar vestuários e calçados.
O “bonus réparation” será financiado por contribuições das indústrias do setor. O objetivo é estimular a população a fazer reparos e evitar a compra de novos produtos, além de fomentar o trabalho de costureiros e sapateiros, profissões essas que nas últimas décadas sofreram com a falta de demanda por seus serviços.
O fundo de 154 milhões de euros será destinado para um período de cinco anos, entre 2023 e 2028. Pelo reparo de cada peça, o cidadão francês poderá obter entre 6 e 25 euros, cerca de 60% do valor total do conserto. O benefício só será concedido a quem utilizar um dos estabelecimentos credenciados junto à organização Refashion.
Em junho, a capital Paris já tinha lançado um programa de coleta gratuita de grandes eletrodomésticos para incentivar a reciclagem e a economia circular. Para se desfazer de geladeiras, fogões, micro-ondas, máquinas de lavar ou secas e outros aparelhos similares, os parisienses só precisam agendar a retirada.
*Com informações dos sites Sortir a Paris e BFMTV
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Foto de abertura: Sarah Brown on Unsplash
