Em meio a tanta notícia ruim relacionada ao governo federal, os governos locais me surpreendem com bons movimentos voltados a apoiar e fomentar novos modos de desenvolvimento. Basta ler os posts deste blog, aqui no Conexão Planeta, para perceber como isso vem acontecendo.
E minha cidade natal, Juiz de Fora (MG), não fica fora deste movimento. A Prefeitura elaborou uma lei de apoio e fomento à economia solidária, que deverá ser encaminhada à Câmara de Vereadores para apreciação, ainda nesta semana.
O texto cria a Política de Apoio e Fomento à Economia Popular Solidária e atende a uma demanda presente desde os anos 2000, quando o movimento se organizou por meio do Fórum de Economia Popular Solidária de Juiz de Fora (Fomeps/JF).
A minuta do projeto de lei foi apresentada ao Fomeps/JF pelo secretário de Desenvolvimento Sustentável, Inclusivo, da Inovação e da Competitividade, Ignácio Delgado, em março deste ano, com o objetivo de ouvir o Fórum sobre o texto e também incorporar as demandas do movimento.
“Essa é uma medida extremamente importante. A economia solidária é uma das alternativas que as pessoas têm para ingressar na economia, num cenário em que as mudanças tecnológicas, em curso, estão alterando também as formas convencionais de emprego e contratação”, afirma ele.
“As cooperativas, as associações, os coletivos solidários reúnem pessoas que podem, então, através da sua atividade autônoma, ter uma oportunidade de viver com dignidade”.
Economia solidária, presente!
Em Juiz de Fora, o movimento de economia solidária envolve associações, cooperativas, clubes de troca, redes de cooperação e grupos informais que se reúnem para produzir, prestar serviços e estruturar o comércio ético e solidário, as finanças e o crédito.
Também integram o movimento entidades de apoio, como organizações não governamentais, universidades e gestores públicos, todos interessados em fortalecer as iniciativas desse tipo de economia no território.
O Fomeps/JF participou da elaboração da Lei Estadual de Economia Popular Solidária, em 2004, e buscava implementar uma legislação específica em Juiz de Fora há algum tempo.
Em minhas idas à cidade, interrompidas pela pandemia, me encontrava com a economia solitária em feiras distribuídas em pontos diversos. Também houve um ano em que me deparei com uma loja temporária de produtos dentro de um grande shopping center da cidade, o Shopping Center Norte, experiência que durou seis meses. Até escrevi sobre essa experiência, aqui.
É muito bom perceber que a cidade finalmente avança no fomento a outros modos de desenvolvimento, apoiando também uma economia inclusiva, participativa e centrada nas pessoas.
A informação da Prefeitura é que o texto será encaminhado à Câmara em 11/08. Seguirei acompanhando.
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Fonte: Secretaria de Comunicação Social da PJF
Edição: Mônica Nunes
Foto: PJF/divulgação
