O mais recente monitoramento divulgado pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)* revela que as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 3.048 km2 em setembro de 2020, o que representa um aumento de 147% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a degradação detectada foi de 1.233 km2.
A chamada Amazônia Legal é uma área que compreende nove estados brasileiros e corresponde a quase 60% do território nacional.
O termo ‘degradação’ é usado para quando não se faz o corte raso, ou total, da mata. É o caso, por exemplo, do que ocorre com os incêndios florestais. Os estados que apresentaram as taxas mais altas de degradação foram Mato Grosso (78%), Pará (15%), Tocantins (3%), Amazonas (2%), Rondônia (1%) e Roraima (1%).
Vale lembrar que Mato Grosso foi uma das regiões mais afetadas pelos incêndios históricos dos últimos meses.
Já o índice de desmatamento na Floresta Amazônica, apontado pelo levantamento do Imazon, mostra um salto de 52% em setembro último. Foram registrados 1.218 km2 de destruição, em comparação a 803 km2 no mesmo período de 2019.
O Pará foi o responsável por mais da metade (51%) de todo esse desmatamento. De acordo com análises do instituto, é o sexto mês consecutivo que o estado fica no topo do ranking dos que mais derrubaram árvores na Amazônia. Dos dez municípios que mais desmataram, oito são paraenses. Altamira aparece em primeiro lugar.
Mensalmente, o Imazon realiza o levantamento do desmatamento da Floresta Amazônica, através de dados gerados pela plataforma Google Earth Engine (EE), com a utilização de imagens de satélites e mapas digitais.
*O Imazon é um instituto nacional de pesquisa, sem fins lucrativos, composto por pesquisadores brasileiros, fundado em Belém há 29 anos. Através do sofisticado Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), a organização realiza, há mais de uma década, o trabalho de monitoramento e divulgação de dados sobre o desmatamento e degradação da Amazônia Legal, fornecendo mensalmente alertas independentes e transparentes para orientar mudanças de comportamento que resultem em reduções significativas da destruição das florestas em prol de um desenvolvimento sustentável
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Foto: Bruno KellyAmazônia Real/Fotos Públicas