Em 2018, o governo da Califórnia determinou que novas residências seriam obrigadas a ter painéis solares a partir de 2020. A medida é uma das muitas anunciadas para que o estado americano conseguir atingir sua meta de atender 50% da demanda apenas com energia limpa e renovável com início em 2030, sem utilizar fontes provenientes de combustíveis fósseis, como o petróleo, carvão ou gás natural.
Esta semana, um novo passo foi dado neste sentido. Os membros da agência reguladora de energia do estado, a California Energy Commission, votaram a favor, de forma unânime, para que todas as novas edificações e aquelas que passarem por reforma incluam instalação e baterias para armazenamento de energia solar. Isso incluiria estabelecimentos comerciais como hotéis, escolas, lojas, escritórios, supermercados, restaurantes e espaços públicos como teatros e casas de show, assim como prédios residenciais com mais de três andares.
A regra, que entraria em vigor no começo de 2023, diz ainda que a estrutura das instalações deve facilitar e até encorajar a conversão de aquecimento a gás natural e eletrodomésticos para fontes elétricas.
A proposta será analisada em dezembro pela Building Standards Commission, comissão que analisa e autoriza as normas para a construção civil no estado. A expectativa é que a entidade concorde com a novidade, já que até hoje, todas as recomendações feitas pela California Energy Commission foram aceitas e adotadas.
Atualmente casas e empresas usam quase 70% da eletricidade da Califórnia e são responsáveis por um quarto das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do estado, apontados como os principais responsáveis pelo aquecimento global.
“Os edifícios tem um impacto profundo sobre a nossa saúde, o meio ambiente e a economia. No futuro, eles usarão menos energia e emitirão menos poluição”, afirma Andrew McAllister, especialista em eficiência energética da California Energy Commission. “O Código de Energia de 2022 direciona firmemente os edifícios da Califórnia em direção a tecnologias limpas e de baixo carbono que são a base sobre a qual nosso caminho coletivo adiante se apoiará. Esta fundação ajudará o estado a cumprir seus objetivos críticos de longo prazo para o clima e a neutralidade de carbono“.
Em abril, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um plano de reduzir em 50% as emissões do país até 2030, o dobro daquele determinado por Barack Obama, quando foi finalizado o Acordo de Paris, em 2015. Para isso, será feito um forte investimento justamente em fontes renováveis e na economia verde.
*Com informações da California Energy Commission
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