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Homem envolvido no assassinato de Dorothy Stang é preso no Acre por desmatamento

Por Fabíola Sinimbú*

A Polícia Federal realizou duas operações de combate a crimes ambientais nos estados do Acre e Amazonas. Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão e seis de proibição de acesso e frequência à área florestal.

No Acre, a Operação Terra Prometida teve início após denúncias de moradores da região sobre desmatamento nas terras da Floresta Estadual do Antimary, no município de Sena Madureira. Foram identificados 598 hectares de área desmatada, com prejuízos que alcançam um valor aproximado de R$18 milhões, segundo apontam as investigações da Polícia Federal.

Amair Feijoli da Cunha, conhecido como Tato, que foi condenado a 27 anos de prisão por ser o intermediário que contratou os executores da morte da missionária Doroty Stang, no Pará, em 2005, foi um dos alvos da operação. Ele foi beneficiado com redução de pena pela delação premiada e teve a condenação reduzida para 18 anos de reclusão.

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Além dele, o filho, que já possuía um mandado de prisão expedido pela Justiça de Sena Madureira, por tentativa de homicídio, também foi preso.

Grilagem de terra

No sul do estado do Amazonas, a Operação Xingu identificou 800 hectares de mata nativa amazônica desmatada, entre os municípios de Boca do Acre e Lábrea. As investigações apontam a prática de grilagem de terra pública para criação de gado, que teria causado prejuízo ambiental de cerca de R$ 17 milhões.

Assassino de Dorothy Stang é preso no Acre por desmatamento

Estariam envolvidos nos crimes um grileiro, dois pecuaristas e um técnico de georreferenciamento, responsável por regularizar, de forma ilegal, imóveis rurais junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ao Cadastro Ambiental Rural.

Os investigados pelas operações podem responder judicialmente pelos crimes de associação a organização criminosa, invasão de terras públicas, desmatamento, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro, com penas, que somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.

*Texto publicado originalmente em 29/08/23 no site da Agência Brasil

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Foto de abertura: divulgação Polícia Federal

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