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Vídeo premiado do ‘Voz das Comunidades’ chama a atenção para a ‘guerra invisível’ nas favelas do Rio de Janeiro

Em meio à comoção dos brasileiros com a guerra na Faixa de Gaza (iniciada com o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel, em 7 de outubro, e intensificado com bombardeios diários a palestinos inocentes pelo governo do extremista de direita Benjamin Netanyahu), esta semana, a organização Voz das Comunidades e seu idealizador René Silva regataram vídeo produzido em 2017 no Complexo do Alemão.

O filme registra a ação realizada por jornalistas da ONG no bairro do Leblon, na zona sul da cidade, batizada de O Som da Guerra (também nomeia o vídeo: assista no final do post), que entrevistou cariocas e turistas a partir de áudios de tiroteios gravados na favela que reúne 13 comunidades na periferia do Rio de Janeiro. Eles pediam que as pessoas identificassem os sons ouvidos e dissessem onde teriam sido gravados.

Após ouvirem, com fone, incessantes trocas de tiros, entrevistados de idades e gêneros distintos citaram países em guerra constante como Afeganistão, Iraque e Síria, além do continente africano.

Nenhum deles imaginou que o som perturbador havia sido registrado muito perto dali, na mesma cidade, o que revela que o Complexo do Alemão – como outras favelas da cidade (e pelo Brasil) – vive uma ‘guerra invisível’.

Guerra na Maré

Vale destacar aqui que, neste momento por exemplo, com o argumento de identificar traficantes no Complexo da Maré – comunidade onde nasceu Marielle Franco, assassinada em 2018 -, a polícia do Rio de Janeiro apavora seus moradores que, há pelo menos sete dias, evitam sair de casa para não morrerem. Isso depois de dez dias de outra operação realizada na mesma comunidade. 

Cerca de 44 escolas estão fechadas e trabalhadores desesperados porque muitos têm sido ameaçados com demissão pelos patrões, que exigem que eles se arrisquem em meio aos tiroteios. Sim, a desumanidade não acontece apenas na Faixa de Gaza.

Esta semana, a deputada estadual Mônica Benício (viúva de Marielle Franco), fez uma declaração contundente e certeira em plenário na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a respeito da operação da polícia na Maré.

“Já faz quase uma semana de operação na Maré. As apreensões da polícia são irrisórias e injustificáveis. Chovem relatos de violações de direitos humanos. Invasão e depredação de casas, roubos, crianças sem aula e unidades de saúde fechadas. A polícia apreendeu dez vezes mais fuzis em uma única operação na Barra da Tijuca do que em todos esses dias de operação e nada foi feito! Só existe uma justificativa pra esse tipo de ação e ela é racista”, escreveu Mônica em seu Instagram.

No final deste post, assista ao pronunciamento da deputada, como também o relato do influencer Raphael Vicente (que também vive na Maré), que desabafou: ‘A favela tá cansada!’. 

Ele destacou que está impressionado como as pessoas estão comovidas com uma guerra que está acontecendo em outro país e ignoram a guerra que acontece no país delas!”. 

Noção da realidade

Em 2017, o objetivo do projeto Som da Guerra – idealizado pelo fotojornalista Beto Casa Novas e o publicitário Pedro Portugal para o Voz das Comunidades – era chamar a atenção da sociedade carioca e brasileira para a realidade das favelas, que vivem praticamente uma rotina de guerra.

“É importante que a população tenha noção de que essa realidade está sendo vivida por milhares pessoas em favelas na mesma cidade em que elas vivem. É um contraste muito grande!”, explicou René Silva, fundador e presidente da ONG, na ocasião (este ano, René foi eleito um dos 10 jovens mais influentes do mundo pela revista TIME).

Logo após o lançamento, o vídeo repercutiu rapidamente nas redes sociais e alcançou grandes veículos de comunicação do Brasil e do exterior, como o jornal The New York Times.

Na época, Casa Novas e Portugal contaram que a ideia do projeto surgiu devido à execução de nove pessoas em apenas quatro dias na comunidade, com a intenção de reforçar o papel do jornal Voz das Comunidades (que gestou a ONG) como um dos veículos mais importantes de jornalismo de favela do Brasil.

O jornal que virou ONG foi lançado por René quando ele tinha 12 anos, e, com o tempo, tornou-se fonte imprescindível dos grandes veículos de comunicação locais e nacionais, devido à veracidade e à credibilidade das informações divulgadas. 

Afinal, quem melhor do que os próprios moradores da favela para contar sua história?

A seguir, assista ao video Som da Guerra, além do pronunciamento da deputada estadual Mônica Benício e o relato do influencer Raphael Vicente a respeito da operação na Maré: 

Em meio ao conflito na Faixa de Gaza – iniciado com o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel, em 7 de outubro, e intensificado com bombardeios diários a palestinos inocentes pelo governo do extremista de direita Benjamin Netanyahu -, esta semana, a organização Voz das Comunidades e seu idealizador René Silva resgataram vídeo produzido em 2017 no Complexo do Alemão.

O filme registra a ação realizada por jornalistas da organização no bairro Leblon, na zona sul da cidade, batizada de O Som da Guerra, que entrevistou turistas e cariocas a partir de áudios de tiroteios gravados na favela que reúne 13 comunidades na periferia do Rio de Janeiro

A pergunta: “Onde foram gravados estes áudios?”.

Após ouvirem, com fone, sons de trocas de tiros incessantes, pessoas de idades e gêneros distintos citaram países em guerra constante como Afeganistão, Iraque e Síria, além do continente africano.

Nenhum deles imaginou que o som perturbador havia sido registrado muito perto dali, na mesma cidade, o que revelou que o Complexo do Alemão – como qualquer outra favela da cidade – vive uma ‘guerra invisível’.

Guerra na Maré

Vale destacar aqui que, neste momento por exemplo, com a desculpa de identificar traficantes no Complexo da Maré – comunidade onde nasceu Marielle Franco, assassinada em 2018 -, a polícia do Rio de Janeiro apavora seus moradores que, há pelo menos sete dias, evitam sair de casa para não morrerem. Isso depois de dez dias de outra operação realizada na mesma comunidade. 

Cerca de 44 escolas estão fechadas e trabalhadores desesperados porque muitos têm sido ameaçados com demissão pelos patrões, que exigem que eles se arrisquem em meio aos tiroteios. Sim, a desumanidade não acontece apenas na Faixa de Gaza.

Esta semana, a deputada estadual Mônica Benício (viúva de Marielle Franco) fez uma declaração contundente e certeira em plenário na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a respeito da operação da polícia na Maré.

“Já faz quase uma semana de operação na Maré. As apreensões da polícia são irrisórias e injustificáveis. Chovem relatos de violações de direitos humanos. Invasão e depredação de casas, roubos, crianças sem aula e unidades de saúde fechadas. A polícia apreendeu dez vezes mais fuzis em uma única operação na Barra da Tijuca do que em todos esses dias de operação e nada foi feito! Só existe uma justificativa pra esse tipo de ação e ela é racista”, escreveu Mônica em seu Instagram.

No final deste post, assista ao pronunciamento da deputada, como também o relato do influencer Raphael Vicente (ele vive na Maré), que desabafou: ‘A favela tá cansada!’. 

Vicente destacou que está impressionado como as pessoas estão “comovidas com uma guerra que está acontecendo em outro país e ignoram a guerra que acontece no país delas!”. 

Noção da realidade

Em 2017, o objetivo do projeto Som da Guerra – idealizado pelo fotojornalista Beto Casa Novas e o publicitário Pedro Portugal para o Voz das Comunidades – era chamar a atenção da sociedade carioca e brasileira para a realidade das favelas de qualquer lugar do Brasil, que vivem uma rotina de guerra.

“É importante que a população tenha noção de que essa realidade está sendo vivida por milhares pessoas em favelas na mesma cidade em que elas vivem. É um contraste muito grande!”, explicou René Silva, fundador e presidente da ONG, na ocasião.

Logo após o lançamento, o vídeo repercutiu rapidamente nas redes sociais e alcançou grandes veículos de comunicação do Brasil e do exterior, como o jornal The New York Times.

Na época, Casa Novas e Portugal contaram que a ideia do projeto surgiu devido à execução de nove pessoas em apenas quatro dias na comunidade, com a intenção de reforçar o papel do jornal Voz das Comunidades (que gestou a ONG) como um dos veículos mais importantes de jornalismo de favela do Brasil.

O jornal que virou ONG foi lançado por René quando ele tinha 12 anos, e, com o tempo, tornou-se fonte imprescindível dos grandes veículos de comunicação locais e nacionais, devido à veracidade e à credibilidade das informações divulgadas. 

Afinal, quem melhor do que os próprios moradores da favela para contar sua história?

A seguir, assista ao pronunciamento da deputada estadual Mônica Benício e do influencer Raphael Vicente a respeito da operação na Maré: 

Foto: Som da Guerra/divulgação

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