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Tuire Kayapó luta contra câncer: apoie a líder indígena participando da Vakinha online

É bem possível que você já tenha ouvido falar – ou até visto o registro eternizado pelo grande fotógrafo Paulo Jares – de um momento muito tenso, marcante, inesquecível e simbólico protagonizado por Tuire Kayapó em 1989, durante o primeiro Encontro das Nações Indígenas do Xingu, em Altamira, no Pará. 

Na ocasião, revoltada com o rumo do debate sobre a construção da Usina Hidrelétrica Kakaraô – que mais de 20 anos depois se tornou a Usina de Belo Monte –, a liderança da Terra Indígena Las Casas, do povo Kayapó, levantou seu facão em direção ao rosto de José Antônio Muniz, presidente da Eletrobrás

Tuire ameaça José Antônio Muniz, presidente da Eletrobrás, com seu facão
Foto: Paulo Jares

Em entrevista ao site do Instituto Socioambiental (ISA), ela contou: “Eu disse para ele: ‘branco, você não tem floresta. Essa terra não é sua! Você nasceu na cidade e, então, veio para cá atacar nossa floresta e nossos rios. Você não vai fazer isso!”, lembra.

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O gesto e a imagem (que percorreu o mundo e ajudou a adiar a construção da usina por mais de duas décadas) marcaram para sempre a resistência dos povos indígenas e tornaram Tuire conhecida, ainda mais amada por seu povo e, também, temida. 

Agora, o inimigo é outro

Sempre à frente da luta contra a construção de hidrelétricas no Xingu, tem defendido incansavelmente a Amazônia e seus povos. “As florestas, os rios, os povos indígenas: é a sobrevivência deles que eu defendo até hoje”, declarou ao ISA no ano passado (assista ao vídeo no final deste post).

Foto: Benjamin Mast/La Mochila Migrante/ISA

“Se eu me calar e meus parentes morrerem, onde estarão os indígenas? Apenas os brancos vão existir”, brada. É uma vida inteira de luta que a passagem do tempo não venceu, mas uma doença interrompeu.

Aos 56 anos, Tuire luta pela vida, enfrentando um câncer no colo do útero, doença que mata cerca de 311 mil mulheres por ano – representando 7,5% das mortes femininas por câncer -, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)

Desde o diagnóstico, a líder indígena tem recebido atendimento e assistência integral pelo SUS. Em 2023, passou por sessões de quimioterapia braquiterapia (radioterapia interna local).

Mas devido a seu estado de saúde, muito debilitado, está vivendo longe da aldeia em Redenção, no Pará. Passou por diversos exames antes da cirurgia realizada há quase duas semanas. 

Para poder enfrentar e vencer essa doença em condições dignas – alugar casa mais próxima dos serviços de saúde, além de se alimentar bem e pagar medicamentos e deslocamentos -, precisa de apoio financeiro já que seu sustento vinha do trabalho na roça. 

Vaquina online: ajude a alcançar a meta

Para tanto, foi lançada campanha de financiamento coletivo no site Vaquinha, cuja meta de R$ 150 mil ainda não foi alcançada: até hoje, às 19h08, foram arrecadados R$ 131.289,18.

Ajude com qualquer quantia e também a espalhar a notícia pelas redes sociais.

A seguir, assista ao pronunciamento de Tuire:

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Foto: Katie Mahler/Comunicação APIB

Com informações do ISA, Vaquinha e amigos de Tuire

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