Depois da tragédia na Alemanha, onde o estouro de um aquário dentro de um hotel deixou 1.500 peixes mortos nesta sexta-feira, outra notícia lamentável chega da Europa. Quatro chimpanzés foram mortos num zoológico na Suécia após uma fuga do recinto.
O incidente começou na quarta-feira (14/12), quando sete chimpanzés do Furuvik Parken, próximo à cidade de Gavle, a cerca de 165 km da capital Estocolmo, fugiram do espaço onde viviam. O local foi fechado e a tentativa de resgate foi iniciada, todavia, segundo a administração do parque houve a necessidade de matar três animais e um quarto também teria sido atingido.
O zoológico alega que chimpanzés podem se tornar perigosos e colocar em risco da vida dos humanos. “Eles são rápidos, muito fortes e geralmente destemidos. Pode evoluir rapidamente para uma situação de risco de vida. Portanto, infelizmente tivemos que tomar a decisão de sacrificar três dos chimpanzés que haviam deixado seu recinto. Isso não é algo que tomamos de ânimo leve. A segurança das pessoas é sempre a nossa principal prioridade”, escreveu em nota o Furuvik Parkent.
O zoo foi duramente criticado por ter optado em abater os chimpanzés no lugar de usar rifles com tranquilizantes.
“A anestesia não é uma opção quando um chimpanzé se aventura fora de seu recinto colocando em risco a segurança humana. Para atirar com dardo anestésico é preciso estar bem próximo ao animal. Isso, somado ao fato de que o anestésico pode levar até 10 minutos para fazer efeito, representaria um grande perigo para a segurança das pessoas. Quando um chimpanzé está solto no parque, infelizmente você tem que atirar para matar”, diz a empresa.
Após utilizar drones para sobrevoar o recinto dos animais, na manhã de hoje, veterinários e cuidadores conseguiram finalmente entrar na área dos chimpanzés e puderam alimentá-los e avaliar o estado de saúde dos mesmos.
Já conseguiu-se identificar que dois dos macacos mortos eram uma fêmea e um macho, Linda e Torsten. As demais vítimas são possivelmente Santino e Manda (Linda e Manda aparecem na imagem que abre este post).
O Furuvik Parken informou ainda que abriu uma investigação para descobrir como os animais conseguiram escapar. Infelizmente nada trará de volta a vida dos primatas mortos.
“É uma tristeza imensa que todos nós sentimos neste momento. Esses chimpanzés são muito amados e o que aconteceu é terrível. Entendemos que a tristeza e o aborrecimento são grandes para muitas pessoas no momento e lamentamos muito que essa situação possa ter acontecido.. Assumimos total responsabilidade pela tragédia e conduziremos uma investigação completa para chegar ao fundo de quaisquer problemas que nós e o público tenhamos”, afirma a administração do zoológico.
Várias organizações internacionais de proteção animal vieram a público repudiar a maneira como a situação foi conduzida. Em suas redes sociais, a Animal Defenders International defendeu o fechamento de zoológicos. “O ponto principal é que os zoológicos são locais de entretenimento onde os animais são criados para o prazer do público. No entanto, não é divertido para os animais, que sofrem física e mentalmente com o cativeiro e são abatidos se excederem as necessidades. Não apoie o sofrimento de animais selvagens – evite zoológicos e outras atrações de animais”, escreveu a entidade.
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Foto de abertura: reprodução Facebook Furuvik Parken