Lêmure desaparece do Zoológico de São Francisco, na Califórnia, e é encontrado num parque infantil

Mistério ronda o desaparecimento de Maki, um lêmure de cauda anelada-, que nasceu em 1999 e foi criado no San Francisco Zoo & Gardens, na cidade de São Francisco, Califórnia, EUA.

Os tratadores deram conta de que ele não estava no zoológico na manhã de 14 de outubro, pouco antes da abertura à visitação.

Além de ser de uma espécie em risco de extinçãooriginária de Madagascar -, Maki é um dos lêmures mais antigos do zoo e, por isso, requer cuidados especiais e uma dieta especializada. Tem idade considerada avançada demais.

“Os lêmures são animais adoráveis, sabemos, mas, dos 19 indivíduos que temos aqui, Maki excedeu a expectativa de vida mediana de 16,7 anos”, explica o Dr. Jason Watters, vice-presidente executivo de comportamento animal e bem-estar do zoológico. “É um dos mais lentos do grupo, certamente o mais fácil de pegar”.

Por tudo isso, o zoológico ofereceu uma recompensa de US$ 2.100 – 100 dólares por cada ano de vida de Maki -, por qualquer informação que levasse à sua recuperação, como divulgou em seu Twitter:

A polícia foi chamada e identificou sinais de arrombamento, portanto, Maki foi roubado. Rapidamente, começaram a investigar o entorno e divulgaram sua foto para ajudar na sua identificação.

Felizmente, às 17h do dia seguinte, habitantes de Daly City, a alguns quilómetros ao sul do zoo, encontraram um lêmure no parque infantil da Igreja Luterana Hope (tweet abaixo) e avisaram a polícia.

Era Maki, que foi devolvido “à sua casa” são e salvo, sem qualquer ferimento aparente. “Nós o contivemos até que a equipe do zoológico o levasse de volta para casa ”, tuitou a polícia da cidade.

Por sua idade, a tentativa de fuga foi logo de início descartada. E, na tarde de sexta-feira a polícia prendeu um suspeito do sequestro de Maki.

Os investigadores disseram ter motivos para acreditar que um homem de 30 anos, que foi preso por outro motivo, estava conectado ao crime.

Maior grupo de lêmures nos EUA

Os lêmures são muito engraçadinhos. E ficaram bastante famosos com a animação Madagascar lançada em 2005, que teve duas continuidades: em 2008 e 2012

Por isso, eles atraem muitos visitantes ao zoológico de São Francisco, que mantém um espaço ao ar livre, que é considerado um dos maiores dos Estados Unidos: abriga 19 lêmures (um deles é filhote de Maki) de sete espécies diferentes.

E o espaço ainda permite que os visitantes possam ver os animais de diversos ângulos, de acordo com o site do zoo: “do outro lado de um lago, muito próximo (olho no olho), enquanto eles andam pelas árvores ou de um calçadão elevado”.

Outros animais roubados

Esta é a segunda vez que um lêmure desaparece de um zoológico na Califórnia. O primeiro foi em 2018, no Zoológico de Santa Ana, que também foi roubado.

O criminoso foi encontrado – Aquinas Kasbar, de Newport Beach – e condenado a 90 dias de prisão, além de pagar US$ 8.486 para o zoo, devido aos custos para reaver o animal.

Em 2000, dois adolescentes foram presos por roubar dois coalas: Leanne, de 7 anos, e sua mãe, Pat, de 15 anos – do San Francisco Zoo & Gardens. Segundo o jornal britânico The Guardian, eles foram escritos como “as coisas mais fofas que você já viu”, e foram encontrados na casa dos adolescentes, que brincavam com eles.

Esta também não é a primeira vez que um animal de idade avançada é roubado desse zoológico.

Em 2011, o macaco-esquilo Banana Sam desapareceu de sua gaiola e foi encontrado dias depois num parque próximo do zoo, em estado de confusão. Ele foi resgatado. Dois anos depois, a instituição lamentou sua morte pelo Twitter:

Fonte: The Independent e The Guardian

Foto: Divulgação/San Francisco Zoo & Gardens

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Mônica Nunes

Jornalista com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo, saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da conferência TEDxSãoPaulo.