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Quatorze baleias morreram desde 2019 em aquário no Canadá

Quatorze baleias morreram desde 2019 em aquário no Canadá

Informações obtidas com exclusividade pelo site Canadian Press e divulgadas na quinta-feira (24/08) revelam um cenário de horror nos bastidores do aquário e parque de diversões Marineland, localizado em Niagara Falls, no Canadá: 14 baleias e um golfinho morreram no local desde 2019.

Treze das baleias eram belugas e a outra ‘a orca mais solitária do mundo’, Kiska. Com exceção dessa última que morreu devido a uma infecção bacteriana, a causa dos óbitos das demais é desconhecida.

O mais inacreditável é que um lugar como esse continue aberto. Segundo a reportagem do Canadian Press, desde 2020, o serviço de bem-estar animal da Província de Ontário já fez 160 inspeções em Marineland.

A fiscalização das autoridades apontou que os animais aquáticos estavam sob estresse por causa da qualidade da água e no passado o local tinha sido notificado que os recintos onde três ursos viviam precisava de melhorias.

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Em março, quando Kiska morreu, a organização Animal Justice que lutou durante décadas para garantir que ela tivesse melhores condições, pediu que o governo entrasse com um processo contra o aquário.

Em nota, a atual proprietária de Marineland, viúva do fundador, nega todas as acusações de maus-tratos.

Em 2019, o Canadá proibiu a manutenção em cativeiro de baleias e golfinhos, assim como a reprodução dos mesmos nesses ambientes. Todavia, animais que já estavam nessas condições, tanto em Marineland como no Aquário de Vancouver, passarão o resto de suas vidas nesses lugares.

Cetáceos presos em cativeiro sofrem com o confinamento. De acordo com a Vancouver Humane Society, não há como nenhum aquário reproduzir o ambiente social e natural de baleias e golfinhos. “Eles são privados de sua capacidade de eco-localização, que é o mesmo que tirar a visão humana”, destacam especialistas.

Como disse Jacques Cousteau, um dos maiores, se não, o mais importante e respeitado oceanógrafo que já conhecemos, “o benefício educativo de observar um golfinho em cativeiro seria como aprender sobre a humanidade apenas observando prisioneiros em confinamento solitário“.

*Com informações adicionais do jornal The Guardian

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Foto de abertura: divulgação Marineland

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