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Por que o turismo sustentável importa?

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Seja bem-vindo ao nosso blog, amigo leitor! Ou melhor, obrigada por nos receber neste espaço tão bacana que é o Conexão Planeta.

Quinzenalmente, estaremos aqui, Na Garupa, falando sobre viajar de um jeito mais recompensador – pra quem viaja e pra quem recebe o viajante. E de um jeito que pode fazer do mundo um lugar melhor. Sabe por quê? Porque somos muitos. Eu e você somos parte de uma turma de 1 bilhão de turistas ao ano que cruza as fronteiras do mundo. Essa movimentação toda, além das jornadas regionais, dentro dos países, significa quase 10% do PIB mundial e emprega uma a cada 11 pessoas no planeta.

Então, imagina o impacto global de viajar colaborando com um destino, sua paisagem, sua gente e sua cultura? Imagina, por exemplo, se boa parte desses um bilhão de viajantes resolve almoçar no restaurante orgânico que só compra de fornecedores locais ao invés de comer na rede de fast food da rodoviária? E privilegiar contratar, para seus passeios, os pescadores da comunidade, as associações de guias locais? E se ele comprar artesanato autêntico do destino, em comércio justo, para levar como souvenir?

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A melhor boa notícia é: viajar assim não é preocupar-se nas férias. Não é carregar na mochila uma lista de restrições. É somente estar consciente e aberto a experiências de conexão com o lugar e as pessoas dali. Viajar assim é bem mais legal. Por que existe troca, não alienação.

No vídeo abaixo, Claudia Carmello, diretora de comunicação e projetos da Garupa, explica, mais sobre o que é o turismo sustentável.

Pra quem estiver se familiarizando com esse tema agora, preparamos uma listinha de benefícios que mostram porque o turismo sustentável importa.

  1. Ele gera desenvolvimento econômico e social local
    O fato de a indústria do turismo empregar tantas pessoas é uma baita oportunidade para um destino turístico. Oportunidade só aproveitada mesmo se essas vagas forem majoritariamente ocupadas pelas pessoas da própria comunidade. Se elas forem donas dos negócios do turismo, tanto melhor. É o caso das operadoras turísticas de base comunitária, que organizam passeios completos nos destinos baseados em serviços, hospedagem e alimentação fornecidos localmente. Para serem classificadas como tal, considera-se que os residentes devem ser donos de pelo menos 51% do negócio.
  1. Ele protege o meio ambiente
    Não deixar lixo na trilha é o mínimo, isso todo mundo sabe. Mas trocar um passeio de carro por um de bicicleta, ficar ligado na procedência legal da madeira usada para um souvenir, conhecer a época permitida para comer aquela lagosta fresquinha no destino de praia, tudo isso são decisões do viajante que colaboram com a preservação da natureza local.
  1. Ele promove o manejo eficiente de recursos naturais
    Uma pousada, um restaurante ou um parque aquático que cuide com carinho de seu abastecimento de água, de seu descarte de resíduos sólidos e de esgoto, que use a energia com consciência, que tenha uma arquitetura pouco invasiva, faz uma baita diferença. Mas mais diferença ainda faz um viajante que exija esse cuidado na hora de escolher seu hotel, seu passeio. 
  1. Ele empodera a comunidade local
    É preciso planejamento para que a geração de emprego signifique renda revertida diretamente para a comunidade ou que a gestão eficiente de recursos naturais garanta a preservação do meio ambiente, é verdade.  E é por meio dessa percepção que a comunidade local pode lutar pelo não-esgotamento do destino e organizar o seu próprio desenvolvimento, de modo que seus moradores tenham chances de crescer junto com o turismo. Ou seja, que possam, com a renda advinda dos visitantes, melhorar suas casas, ter condições justas de trabalho, construir escolas, buscar atendimento médico, ter saneamento básico.
  1. Ele respeita e valoriza a cultura do destino
    É muito comum que a comunidade de um lugar só comece a perceber sua riqueza cultural e natural quando começa a vir gente de fora visitar, não é? Quando vira um destino turístico. Mas aí acontece uma coisa engraçada que é as pessoas do lugar começarem a querer mudar o jeito de cozinhar, de fazer festa, de arrumar suas casas, para “agradar os turistas”. E fazem isso muitas vezes copiando o jeito dessas pessoas de fora.

Então, uma coisa muito transformadora que o turista consciente leva para um destino é a vontade dele de vivenciar o que é autêntico do lugar. Porque aí ele mostra pra moça da barraquinha de tapioca que ele não quer tomar refrigerante ali, ele quer é o suco de umbu. Ele leva não só seu dinheiro, mas um apoio moral, a valorização dos sabores locais, do modo de falar, festejar, vestir-se. Ele viaja aberto a se conectar com o lugar, a criar um vínculo a partir da troca intercultural horizontal.

Nós, da Garupa, acreditamos muito no impacto desse tipo de experiência. Vem com a gente?

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A equipe da Pousada Uacari, em Tefé (AM), formada por moradores da comunidade ribeirinha de Mamirauá. A Pousada arrecadou mais de R$ 20 mil em campanha de crowdfunding na Garupa. Foto: Mamiraúa/Marcos Eichman

Na foto no início do post, Tumbira, na região do Rio Negro, uma das comunidades apoiadas pelo programa de Turismo de Base Comunitária da Fundação Amazonas Sustentável. Foto: Garupa/Paula Arantes. 

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