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Mais de 10 mil animais de estimação e silvestres são resgatados das enchentes do Rio Grande do Sul

Por Daniella Almeida*

Mais de 10,3 mil animais de estimação e silvestres já foram resgatados das enchentes no Rio Grande do Sul, conforme boletim da Defesa Civil do estado, divulgado hoje (11), às 9h. Os dados são da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema/RS) e do GRAD – Grupo de Respostas a Animais em Desastres composto por voluntários de várias áreas de atuação e de entidades de defesa dos animais.

Mais de 10,3 mil animais silvestres e de estimação foram resgatados das enchentes do Rio Grande do Sul
O cavalo Valente Caramelo tornou-se símbolo de resistência da
maior tragédia climática do Rio Grande do Sul
Foto: reprodução de vídeo

Entre os resgatados, está o cavalo batizado pelo público como Caramelo, devido à cor de sua pelagem, que estava ilhado em cima de um telhado no bairro Mathias Velho, em Canoas. O regaste foi realizado na quinta-feira (8), pelos militares do Corpo de Bombeiros de São Paulo, com auxílio da Brigada Militar do RS estado. Ele está sendo acompanhado por especialistas no Hospital Veterinário da Ulbra Universidade Luterana do Brasil (como contamos aqui) e foi rebatizado como Valente Caramelo.

Após o resgate

De acordo com a Sema/RS, os animais retirados de áreas inundadas passam por uma triagem veterinária. Os que estão em bom estado de saúde são devolvidos aos tutores e, quando não há identificação, são direcionados para abrigos públicos ou para espaços administrados pelo GRAD ou parceiros. Se apresentam hipotermia ou lesões, são encaminhados para a clínica veterinária mais próxima.

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Mais de 10,3 mil animais silvestres e de estimação foram resgatados das enchentes do Rio Grande do Sul
Resgate em rua inundada em Canoas / Foto: Jürgen Mayrhofer/SSPS

O tutor que ainda não encontrar seus animais deve procurar a Defesa Civil do município e se deslocar aos abrigos da cidade para tentar identificar o pet.

Organizações não governamentais (ONGs) e grupos independentes de protetores de animais têm se unido nas redes sociais para compartilhar informações que possam ajudar esses animais a serem reencontrados por seus donos ou, quando necessário, encontrar um novo lar.

No Instagram, os perfis Ache Seu Pet RS (@acheseupetrs), Dogs Enchentes RS (@dogs_enchenters) e Tô Salvo Animais (@tosalvoanimais) – sobre o qual contamos aqui – foram criados para as famílias gaúchas reencontrarem seus animais de estimação.

Os três funcionam basicamente assim: em mensagem privada (direct ou inbox) aos administradores, o tutor interessado pode enviar as informações principais do animal como cor de pelagem, nome, se é macho ou fêmea, porte e, se possível, fotos. Na outra ponta, quem encontra um pet pode fazer contato e indicar onde foi resgatado ou está abrigado e dar características que facilitem seu retorno aos tutores.

Neste link do GRAD, o grupo indica mais alguns perfis que divulgam informações sobre animais domésticos resgatados ou ainda perdidos, especificamente em Porto Alegre, Canoas, Guaíba e São Leo. E acrescenta o site ENCONTRE SEU PET.

Ajuda

O GRAD Brasil (Grupo de Respostas a Animais em Desastres), que difunde o o lema ‘Toda vida importa e ninguém ficará para trás’, afirma que os pedidos por resgates não param de chegar, mas muitas áreas continuam inacessíveis. A instituição solicitou apoio de embarcações a motor para ampliar as ações de salvamento nas áreas alagadas. 

Para doações financeiras ao GRAD, use a nova chave PIX do grupo: doe@gradbrasil.org.br

Neste momento, estão sendo aceitas doações de rações para animais diversos (cães, gatos, coelhos, roedores, cavalos, aves), em embalagens fechadas. Também são necessários itens como casinhas e camas para pets, areia para gatos, potes de ração, água potável, vacinas, remédios antipulgas, vermífugos, medicamentos veterinários e microchips que são colocados sob a pele do animal e armazenam os principais dados dele como nome, espécie, sexo, cor, idade, além da identificação do tutor e endereço de residência.

Os protetores independentes de animais e organizações da sociedade civil sinalizam que precisam de veterinários voluntários e de pessoas que possam ajudar a cuidar dos animais resgatados, principalmente, para pernoitar nos abrigos ou que ofereçam lares temporários até que os pets sejam encontrados pelos tutores ou adotados.

Janja adota Esperança em abrigo de Canoas / Foto: Claudio Kbene/PRS

A primeira-dama, Janja da Silva, adotou uma cachorrinha no último domingo (5), durante visita ao Centro de Bem-Estar Animal de Canoas, que ganhou o nome de Esperança. Segundo ela, o animal precisou passar por cirurgia, devido a fraturas na pelve, e passa bem.

Esta mesma unidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, teve a infraestrutura ampliada pelo GRAD, com tendas provisórias coletivas e individuais e contêineres climatizados para as equipes veterinárias atuarem para promover o bem-estar dos animais e, quando necessário, realizar cirurgias diversas e castração.

O Esporte Clube Pelotas (cidade que as águas começaram a invadir ontem) também construiu abrigo para cães resgatados no estádio Boca do Lobo.

Leia também:
Com águas começando a baixar no interior, moradores relatam a morte de animais no RS
Mais de 6 mil animais são resgatados em municípios inundados no RS
 
__________

* Este texto foi publicado originalmente no site da Agência Brasil, em 11/052024

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Foto (destaque): Jürgen Mayrhofer/SSPS (integrante do GRAD examina cachorro resgatado)

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