Dados das Nações Unidas apontam que o fechamento das escolas em 188 países, por causa da pandemia da COVID-19, deixou em casa cerca de 1,5 bilhão de estudantes. Em alguns países – os mais ricos -, foi possível adotar um sistema de ensino à distância, pela internet, mas isso não é uma realidade em nações mais pobres.
Na Inglaterra, as escolas foram fechadas em 20 de março. A única exceção foi feita para crianças pequenas, filhos de trabalhadores essenciais, como médicos/as e enfermeiros/as, que continuaram a ser recebidos nas salas de aula.
Recentemente, as escolas foram reabertas, mas com medidas de distanciamento social, e apenas de algumas séries. Os alunos do Ensino Médio só estarão em sala de aula quando todas as escolas voltarem a funcionar, normalmente, promete o governo, no início do próximo ano letivo, em setembro.
Para ajudar esses estudantes que deixaram de ter o apoio presencial de professores e também, grande parte do conteúdo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou um fundo de £1 bilhão, cerca de R$ 6 bilhões.
O dinheiro deverá ser usado no reforço necessário para os estudantes com maior dificuldade, de comunidades mais vulneráveis. Do total, £650 milhões serão destinados aos Ensinos Fundamental I e II.
Apesar da divulgação do investimento, alguns especialistas do setor de educação afirmaram que o valor não é suficiente para fazer o que realmente é necessário.
Já para aqueles que vivem em países em que seus governos nem cogitam tentar auxiliar a área de educação em tempos normais, quem dirá em meio a uma pandemia, a atitude de Boris Johnson parece ser louvável e responsável.
O Reino Unido aparece como o 5o colocado no ranking global que indica o número de pessoas contaminadas pela COVID-19. 306 mil britânicos testaram positivo para o coronavírus e mais de 47 mil morreram.
O primeiro-ministro britânico foi um daqueles que contraiu o coronavírus e precisou ser hospitalizado, mas não teve seu quadro agravado. Após receber alta, mudou seu comportamento para enfrentar a pandemia. O Reino Unido foi o último país da Europa a impor o chamado “lockdown”, a determinação de que todas as pessoas ficassem em casa e os serviços não essenciais fossem fechados.
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