Depois de ser encontrada há duas semanas, após ficar desaparecida durante 45 dias, Pandora foi levada imediatamente para um hospital veterinário na região do ABC Paulista. Lá ela segue em recuperação para ganhar peso, já que perdeu muita massa muscular e ficou desnutrida, e também, para fazer o tratamento com antibiótico para uma hemoparasitose, uma doença séria, causada por protozoários ou bactérias.
Pandora sumiu quando estava sob os cuidados da companhia aérea Gol em dezembro. Seu dono, Reinaldo Junior, viajava de Recife para Navegantes, em Santa Catarina, quando durante uma escala no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foi avisado de que a cachorra havia desaparecido na área de cargas. A empresa alegou que ela teria mordido a caixa onde estava e fugido.
Na última sexta-feira, 04/02, a clínica Dr. Hato, onde Pandora está internada, informou que ela”encontra-se mantendo parâmetros estáveis, em processo de ganho de peso gradativo e sob cuidados intensivos no tratamento para a Doença do Carrapato… será realizado exame de fezes para detecção de alguma possível doença parasitológica associada”.
Após o alívio de ter reencontrado sua “filha”, o garçom pernambucano Reinaldo Júnior usou seu perfil no Instagram para contar que entrou com uma ação na justiça para que a Gol e a GRU Airport, grupo que administra o Aeroporto de Guarulhos, sejam responsabilizadas pelo desaparecimento de Pandora e paguem por todos os custos do seu tratamento, além de indenização pelo sofrimento causado à família.
“Esperamos que isso sirva de aprendizado para que casos assim jamais se repitam com outras familias multiespécie!”, escreveu Reinaldo.
Segundo reportagem do portal UOL, na ação os advogados ressaltam que houve “negligência da empresa aérea, responsável pelo animal desde o ingresso na caixa de transporte, e da administração do aeroporto, que teria criado uma série de impedimentos na busca de Pandora”.
Em nota enviada ao UOL, o GRU afirmou que ” ainda não foi notificada, e que se manifestará nos autos do processo. A concessionária esclarece que, por questões legais e de segurança, só pode autorizar o acesso ao aeroporto e às imagens a partir de solicitação das autoridades competentes. Por fim, reforça que a responsabilidade pelo transporte e manuseio de animais é das companhias aéreas’.
Já a Gol não respondeu aos questionamentos da reportagem.
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Foto: reprodução Facebook Dr. Hato