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Detetives da Natureza: série de ‘lives’ aproxima crianças da natureza e da ciência, na quarentena

Desde o momento em que nasce, a criança começa a conhecer e a desbravar o mundo. Todos os dias, descobre um pouquinho mais deste planeta que guarda tantos mistérios. E, conforme se relaciona com o mundo ao seu redor, cria hipóteses, teorias e narrativas – a seu modo e de acordo com suas limitações – para compreender e explicar situações e fenômenos com os quais se depara e que fazem parte de dia-a-dia. E, assim, vai desvendando mistérios e tomando consciência. Afinal, é no humano que a natureza toma consciência de si mesma e a criança o faz com a naturalidade e a profundidade com as quais nascemos.

Se tem algo que sempre nos surpreende e sempre nos surpreenderá são as perguntas que as crianças fazem, sem a menor censura, sobre o mundo, sobre a vida e o universo. E que, com o isolamento social, devido à quarentena exigida pela pandemia do coronavírus, tem se intensificado. Elas nos inspiram tanto que resolvemos utiliza-las para dar mais movimento a este período delicado.

Assim, lançamos uma série de lives – realizadas no Instagram do nosso programa Ser Criança é Natural (que dá nome a este blog) que chamamos de Detetives da Natureza. Com ela, a cada 15 dias, especialistas de diferentes áreas respondem a perguntas enviadas para nós por crianças.

Primeiro, divulgamos o tema em nossas redes sociais para que as crianças possam enviar suas perguntas – por meio de videos ou áudios, enviadas para nós por suas mães e pais durante a semana anterior à realização da live.

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Selecionamos e “editamos” as questões – há momentos em que é necessário obter uma explicação mais detalhada do que a criança quis dizer com sua pergunta – e as passamos para nosso convidado para que se prepare para a live, com Ana Carol. Nossos entrevistados podem também se utilizar de recursos inusitados para responder a curiosidade dos pequenos como foi o caso de Eder Canalle, astrônomo, quando respondeu sobre estrelas e buracos negros, utilizando um pedaço de algodão para explicar sobre nascimento e morte das estrelas.

Uma surpresa a cada questão

Henrique Hernandes, 7 anos, animado em descobrir a diversidade dos plânctons

Quando abrimos nossa “caixinha de perguntas” é sempre uma surpresa boa. Cada interrogação nos diz muito sobre o ponto de vista do qual cada criança percebe o mundo. Afinal, são tantas infâncias, com diferentes experiências, em diferentes contextos e diferentes níveis de acesso ao conhecimento.

Tem criança que, antes de qualquer coisa, quer saber se tem limite de perguntas ou se pode fazer quantas quiser. Foi o caso de Antonio Capparelli, de 10 anos, o primeiro a levantar essa questão: E sabe que, de cara, a gente ficou na dúvida? Estaria ele se referindo a quantidade de perguntas que poderia enviar ou ao limite do imaginário onde suas perguntas poderiam chegar?

Claro que a gente caiu na real rapidinho e logo respondeu: “Não, Antônio, não há limite para perguntar. Nem nunca deve haver!”.

E foi assim, muito bem acompanhado de bastante curiosidade, que o garoto se tornou “figurinha carimbada” de todas as nossas conversas. Na verdade, ele é um participante assíduo tanto no que diz respeito ao envio de questões sobre todos os assuntos, como de sua presença durante as lives. E mais: cada pergunta que ele envia expande ainda mais nossos limites de percepção do mundo.

Universo, plantas, oceanos, insetos, rochas são alguns dos temas de interesse que já nortearam nossas lives e movimentaram a imaginação não só do Antonio como de muitas crianças pelo Brasil. E não são poucas as que se encantam com a oportunidade de atender suas curiosidades.

Mariana Benchimol nos contou que, na noite em que respondemos perguntas sobre o fundo do mar, ela colocou os filhos Dora, 7 anos, e Vicente, 5 anos, para dormir. No entanto, alguns minutos depois, ela ainda escutava sons vindos do quarto. “Quando fui ver o que era, os dois estavam fazendo uma nova lista para a próxima live”. No dia seguinte, Mariana nos enviou a lista de perguntas que tiraram o sono de seus filhos.

Desde então, pouco depois do final de cada conversa, já recebemos uma lista de Dora e Vicente sobre o tema do próximo encontro.

Outra coisa que nos encanta demais é receber mensagens e desenhos das crianças que participam com perguntas e acompanham nossas lives. Enquanto a conversa entre Ana Carol e o especialista acontece, elas desenham. Depois fotografam e enviam pra gente.

Aprendizado para as crianças e os experts

Mas se engana quem pensa que somente as crianças ficam tocadas com as lives Detetives d Natureza. Os especialistas – geralmente cientistas: biólogos, oceanógrafos, entomólogos… – relatam que, por vezes, a curiosidade das crianças os leva a estudar um tema mais profundamente. Ou, até, a buscar uma forma mais acessível de falar de temas muito complexos, que podem exigir o uso de nomenclaturas técnicas. Ainda mais numa tela de celular, que provoca facilmente a dispersão.

“Para responder as perguntas, tive que retomar todos os meus estudos sobre insetos ao longo da Faculdade de Biologia”, contou Olga Togni, entomóloga que participou do episódio Mistérios dos insetos.

Isso nos revela o quanto é importante ouvir os questionamentos das crianças. Elas sempre nos ajudam a não perder contato com a fonte da curiosidade e do conhecimento, dando sentido ao conhecer.

Quando o conhecimento vem pronto ou numa forma de difícil compreensão, as pessoas, em geral, se sentem afastadas da fonte, e não conseguem se apropriar do conhecimento. Com ele trabalho encantador que estamos fazendo – junto com as crianças e experts – reconhecemos o quanto os pequenos são nossos mestres.

Todas as conversas dos Detetives da Natureza que realizamos estão disponíveis no canal do Ser Criança é Natural no Youtube.

Abaixo, veja alguns momentos registros preciosos das crianças que participam de nossa série.

Lista de perguntas enviadas por Dora, 7 anos
Viúva Negra desenhada por Vicente, 5 anos, feito após a live “Segredo dos Insetos
Desenho de Antonio Caparelli, 10 anos, feito durante a live “Segredos do Mar”

Fotos: Érico Marques (destaque) e arquivos pessoais

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