Sarah McBride, de 30 anos, foi eleita ontem (03/11) como a primeira senadora transgênero dos Estados Unidos. A ativista vai representar Delaware no senado americano. Ela pertence ao partido democrata, que ganhou a maioria dos votos em seu estado.
“Espero que esta noite mostre às crianças LGBTQ que nossa democracia também é grande o suficiente para elas”, escreveu Sarah, em sua conta no Twitter.
A jovem americana sempre esteve envolvida com o meio político e o ativismo, lutando pelos direitos de comunidades vulneráveis. Ela trabalhou na Casa Branca, durante a administração de Barack Obama, e também, com Beau Biden, o filho do ex vice-presidente e candidato à presidência, Joe Biden, que era procurador de justiça e faleceu, em 2015, devido a um câncer.
Sarah é a principal porta-voz da Human Rights Campaign, a maior organização de defesa LGBTQ dos Estados Unidos. Em 2016, ela fez um discurso histórico ao falar sobre o tema na Convenção Nacional Democrata na Filadélfia.
Outra vitória para a diversidade de gêneros nessas eleições americanas foi conquistada no estado de Vermont, onde Taylor Small, de 26 anos e também transgênero, ganhou uma vaga na Câmara dos Deputados. Ela é membro do partido democrata.
Infelizmente, não há apenas boas notícias. Marjorie Taylor Greene, empresária republicana (partido de direita, conservador), seguidora do movimento QAnon, também foi eleita. Ela vai representar o estado da Georgia no equivalente à Câmara dos Deputados, em Washington D.C.
O QAnon é um grupo de extrema direita que afirma que existe uma conspiração contra o presidente Donald Trump, prega o antissemitismo e diz que astros de Hollywood e democratas traficam crianças, são pedófilos e adoradores do demônio, dentre outras barbaridades. O FBI já alertou que o movimento é perigoso e deve ser considerado como terrorismo.
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Foto: reprodução Facebook Sarah McBride