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A criança como guia

a-crianca-como-guia-800x445Prédios, calçadas, asfalto, trânsito. Viver a vida na cidade grande nos faz entender a expressão “selva de pedra”. Mas é possível estar mais próximo da selva do que da pedra.

Existe natureza nas cidades. Na verdade, todo o nosso planeta é vivo, não importa a quantidade de concreto que domina o cenário. E a vida, que é o principal atributo da natureza, sempre dá um jeito de se expressar.

Essa natureza que se camufla na nossa pressa pelos grandes centros urbanos, tornou-se visível no último trabalho da artista plástica paulistana Laura Lydia. Na intervenção Ervas_SP, realizada em abril deste ano, muitos “matinhos” foram mapeados e ganharam lindas ilustrações e a identificação com o nome científico como companhia. Ela quis mostrar que a possibilidade de reconexão com a natureza está em qualquer canto, inclusive na aridez de um elevado como o Minhocão – por onde passam milhares de carros todos os dias -, e na presença de pequenas plantas às quais chamamos de daninhas (assista esta reportagem para entender melhor).

Você já experimentou sair para dar uma volta no quarteirão com esse olhar? Mas não precisa ter olhar de artista para encontrar a selva das cidades. E bem ao seu lado pode ter alguém muito especial pra te ajudar nessa caminhada: uma criança.

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Então, para deixar seu passeio pela cidade mais interessante e provocador, leve uma criança com você e procure observar o ambiente como ela. Permita que ela seja sua guia!

Os pequenos descobrem o mundo a todo instante e se relacionam com tudo de forma peculiar: sempre com um olhar atento de curiosidade e muita pesquisa. Ar, vento, água, folhas pelo chão, pequenas flores que nascem entre o cimento das calçadas, areia, terra, formigas, casulos, gravetos, liquens, raízes… Miudezas se tornam grandiosas.

Para elas, a conexão com a natureza é natural, não há separação porque nós somos a natureza. Estar atento ao que encanta as crianças num curto caminho já é um grande passo para uma mudança de percepção.

Por isso, é fundamental incentivar a curiosidade das crianças e o contato com ambientes onde a natureza está, seja em abundância ou em pequenas manifestações. Permitir que elas vivam essas percepções livremente – no seu tempo – traz grandes benefícios para as próximas fases de seu desenvolvimento, que poderão ser experimentadas de forma mais plena.

A pressa é inimiga da observação. Deixe que as crianças vivam mais ao ar livre para que possam sentir muito mais a selva do que as pedras, seja qual for sua dimensão. Laura Lydia contou isso em seu trabalho (veja o teaser abaixo). As crianças sabem essa história decór. Ou seja, com o coração.

Foto: Ana Carol Thomé

 

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