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A brasileira SPVS tem trabalho de conservação na Mata Atlântica reconhecido pela ONU

A brasileira SPVS tem trabalho de conservação na Mata Atlântica reconhecido pela ONU

Já são quase 40 anos de trabalho pela preservação realizado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). Fundada em 1984, no Paraná, por pesquisadores e profissionais de múltiplos setores, para criar novas alternativas de atuação na área da conservação da natureza, ao longo das últimas décadas atuou em diversas frentes no bioma Mata Atlântica e ecossistemas associados a ela.

Seja através da criação de reservas naturais, a recuperação de áreas de restingas ou de florestas, como a da araucária, espécie em risco de extinção, ou ainda, promovendo projetos que envolvam comunidades e governos locais na proteção ambiental, a SPVS tem demonstrado a importância e a força das parcerias público-privadas para garantir a conservação da biodiversidade brasileira.

Agora a SPVS acaba de receber um valoroso reconhecimento pelo trabalho feito em nosso país. A organização se tornou parceira oficial da Década da Restauração de Ecossistemas promovida pelas Nações Unidas (ONU).

A Década é um movimento liderado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e representa um chamado a toda a sociedade, setores público privado, empresas, organizações, e até indivíduos, para atuarem em prol do bem comum e da conservação da natureza, com o objetivo de deter a degradação e proteger e recuperar ecossistemas ao redor do mundo em larga escala.

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Além da SPVS, outras entidades do Brasil também são parceiras da iniciativa da ONU, entre elas, a SOS Mata Atlântica e a Apremavi.

“A restauração de ecossistemas é parte importante da solução para a crise climática e a perda de biodiversidade no Brasil e no mundo”, ressalta Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS. “Esse esforço tem um papel fundamental no alcance da Agenda 2030 e condições de somar, e muito, com o respeito e o cumprimento de acordos internacionais importantes, dos quais o Brasil é signatário”.

A brasileira SPVS tem trabalho de conservação na Mata Atlântica reconhecido pela ONU

Floresta de Araucárias: sua restauração é um dos projetos da SVPS
(Foto: Zig Koch)

Atuação da SPVS pela conservação

Um dos projetos implementados pela organização paranaense é o Conexão Araucária. Criado em 2017, ele é uma parceria com produtores de pequenas propriedades rurais em Áreas de Preservação Permanente (APP) de Floresta com Araucária no sudeste do oeste. Além de promover a restauração dessa espécie símbolo do Paraná, a iniciativa auxilia esses produtores a estarem em conformidade como o Programa de Regularização Ambiental e o Código Florestal.

Em cinco anos, o Conexão Araucária já recuperou 325 hectares de floresta, por meio do plantio de 140 mil mudas de árvores.

Enquanto isso, as três reservas naturais mantidas pela SPVS no litoral do Paraná, nos municípios de Antonina e Guaraqueçaba, apresentam números espetaculares. Seguem alguns deles abaixo:

  • 1.500 hectares de áreas degradadas restauradas;
  • Cerca de 900 mil mudas produzidas;
  • Mais de 800 espécies da flora registradas em seus ambientes vegetacionais;
  • Mais de 200 espécies de aves registradas em suas dependências e região do entorno;
  • Mais de 50 mamíferos identificados em suas dependências e região do entorno;
  • Produção de água para o município de Antonina (cerca de 19 mil habitantes);
  • Arrecadação de cerca de 4,5 milhões por ano de ICMS Ecológico destinados aos municípios de Antonina e Guaraqueçaba;
  • Em torno de 1,5 milhão de toneladas de carbono estocadas em seus ambientes florestais.

“Precisamos falar sobre a importância da proteção das áreas naturais como um todo, e não apenas das florestas, quando pensamos em proteção e recuperação de territórios. Temos ecossistêmicos complexos, como campos, mangues, restinga e outros ecossistemas associados ao bioma Mata Atlântica que merecem atenção da comunidade, das empresas e do poder público”, destaca Borges.

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Filhote de papagaio-de-cara-roxa, uma das espécies que vivem nas áreas que a SVPS atua
(Foto: Gustavo Sezerban)

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Foto de abertura: divulgação SPVS

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