
Após três décadas de funcionamento, em junho deste ano o parque Beto Carrero World decidiu fechar o seu zoológico. Situado no município de Penha, em Santa Catarina, o local chegou a abrigar mais de mil animais de 237 espécies. Após o anúncio público do encerramento de suas operações, entretanto, várias organizações começaram a questionar o destino dos bichos, que não estava sendo informado de maneira clara e havia grande preocupação sobre seu futuro bem-estar.
Entre esses animais está a elefanta asiática chamada de Baby, que já tem 32 anos. Preocupada com a sua segurança, a Princípio Animal descobriu que ela seria enviada para um zoológico no estado de São Paulo. Para evitar que ela passasse o resto de sua existência em cativeiro e pudesse ter um final de vida mais digno, a ONG entrou com uma ação civil pública na justiça solicitando a suspensão de sua transferência, assim como a concessão de sua guarda provisória.
O objetivo com a iniciativa é que Baby seja levada para o Santuário de Elefantes Brasil, uma área de 1.100 hectares, localizada na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, que já concordou em acolher a elefanta. “O santuário confirmou toda a estrutura e interesse para receber a Baby”, afirma Fernando Schell Pereira, diretor da Princípio Animal.
E em uma primeira vitória, a juíza Elaine Veloso Marraschi deferiu a medida liminar para suspender a transferência da elefanta para a capital paulista e concedeu sua guarda provisória para a Princípio Animal, perante a apresentação do documento firmado pelo Santuário de Elefantes Brasil.
“Por se tratar de um manejo complexo, a juíza pediu documentos para comprovar a capacidade logística da ONG com o santuário para garantir o bem-Estar no transporte da elefanta. Acreditamos que foi uma exigência muito coerente da magistrada para assegurar a dignidade da Baby”, diz Fernando.
Para ele, a decisão é um marco para os direitos animais no Brasil.
O Santuário de Elefantes Brasil é fruto da parceria de duas organizações internacionais – a Global Sanctuary for Elephants (GSE), do Tenessee, nos Estados Unidos, e a ElephantVoices – ambas dirigidas por renomados especialistas. Ele não é aberto ao público, pois não é um zoológico, e tem como única missão proteger, resgatar e prover um ambiente natural e seguro para elefantes em cativeiro.
*Texto atualizado para corrigir a informação de que Baby seria levada o Zoológico de São Paulo. O correto é um zoológico no estado de São Paulo, sem ter sido mencionado o nome exato na ação judicial
———————
Acompanhe o Conexão Planeta também pelo WhatsApp. Acesse este link, inscreva-se, ative o sininho e receba as novidades direto no celular
Foto de abertura: Jan Mateboer por Pixabay
Ela tm q ir pro santuário dos elefante e mais diqueno pra ela
Ainda utilizam animais escravizados para divertir símios sapiens ! Vergonha.
Acho justo..porque pra levar África seria estressante e perigoso pra ela..
Meus parabéns pela decisão….pelo.menos vai viver livre ..abraços
Sábia decisão judicial. Parabéns para a Juiza.
🥹🥹🥹😭😭até chorei de felicidade e Gratidão a decisão da magistrada e desse movimento incrível em favor dos animais,Deus abençoe a todos os envolvidos.
Eu fui uma semana antes de fechar a área comum dos animais e a vi muito estressada batendo os pés dela no chão era bem agoniante de ver ela parada lá no mesmo local
Parabéns pela decisão! O zoológico de SP com certeza NÃO seria o local adequado para a Baby. Por diversos motivos!
Espero que toda logística de certo e que finalmente Baby tenha uma vida mais digna!
Cite alguns motivos…