Boas novas chegam da Tailândia! Houve um aumento de 250% na população de tigres, entre 2007 e 2023, no chamado Western Forest Complex (WEFCOM), uma grande área de proteção natural do país, na divisa com Mianmar. Ela engloba doze parques nacionais e sete santuários de vida selvagem.
Segundo dados divulgados pela organização internacional Wildlife Conservation Society (WCS), estima-se que agora sejam 140 tigres, em relação a apenas 40 registrados há 15 anos.
A recuperação da espécie na Tailândia é creditada aos esforços do governo em intensificar o patrulhamento e proteção dos habitats de onde ela é encontrada e o combate ao desmatamento e à caça ilegal.
“Vemos correlações muito fortes entre uma melhor aplicação da lei e a recuperação dos tigres”, diz Pornkamol Jornburom, diretor da WCS Tailândia. “Antes disso, a caça e a extração ilegal de madeira eram abundantes no WEFCOM e os tigres estavam em vias de extinção. Aqui, como em outros lugares da Ásia, uma boa fiscalização é a chave do processo para a preservação da espécie.”
Em 2004, uma parceria entre a WCS e o governo local foi responsável pela instalação de centenas de armadilhas fotográficas que garantiram maior conhecimento sobre os tigres e seu comportamento. Cada indivíduo consegue ser identificado pelo padrão único de suas listras, que nunca é igual entre dois animais.
“É uma ótima notícia para os tigres da Tailândia. Desde o início, nosso objetivo era estabelecer um sistema de monitoramento estatisticamente robusto para garantir que teríamos informações confiáveis que pudessem rastrear com precisão os esforços de recuperação”, destaca Somphot Duangchantrasiri, pesquisador do Departamento Nacional de Parques da Tailândia.
O tigre (Panthera tigris) é o maior animal dentre todos os felinos da Ásia e considerado um dos grandes da natureza. Apesar do declínio em números no passado, nas últimas décadas esforços conjuntos públicos e privados conseguiram reverter essa situação, com bons resultados. Na Índia, por exemplo, eles mais do que dobraram em 17 anos. Atualmente o país é o lar de 75% da população global da espécie.
Considerado um predador de topo de cadeia, o tigre não consegue sobreviver se não encontrar uma variedade abundante de caça, por isso mesmo ele é tido como um importante indicador da saúde ambiental dos habitats onde vive.
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Foto de abertura: divulgação WCS