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Deputado Rodrigo Agostinho será presidente do Ibama

Desde o início de janeiro, o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB) era cotado para o cargo de presidente do IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

Havia grande expectativa de que Marina Silva anunciasse seu nome durante cerimônia de posse como Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em 4/1, mas isso não aconteceu porque a indicação ainda dependia da aprovação da Casa Civil. O mesmo se sucede com o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservção da Biodiversidade.

Finalmente, em 14/1, último sábado, Marina anunciou sua contratação para o cargo, que ele assumirá em 1º de fevereiro, um dia após o término de seu mandato como deputado federal. Até lá, o analista ambiental Jair Schmitt, servidor de carreira do órgão, o comandará interinamente.

No mesmo dia, no Twitter, o deputado divulgou a notícia publicada pelo MMA e escreveu: “Compartilho com vocês a imensa honra e alegria do desafio em assumir a presidência do Ibama” (veja no final deste post).

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Sim, o desafio é enorme: reconstruir o Ibama, perseguido e desmontado durante os quatro anos do governo Bolsonaro. 

Vale lembrar que Eduardo Bim, que presidiu o órgão até dezembro de 2022, e o anti-ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, foram alvos de uma operação da Polícia Federal, que investigou a exportação ilegal de madeira para Estados Unidos e Europa, em 2021. O primeiro chegou a ser afastado de suas funções, o segundo abandonou o governo para não ser preso.

“Após tantas perseguições, assédios e erros estratégicos, vamos exercer a racionalidade. Nosso trabalho terá como foco prioritário o combate ao desmatamento, o fortalecimento da gestão pública socioambiental, a modernização das nossas estruturas e a defesa intransigente do meio ambiente equilibrado”, declarou o futuro presidente do Ibama. 

Trajetória 

Agostinho foi o vereador mais jovem e depois prefeito da cidade de Bauru (por dois mandatos), em São Paulo. 

Durante dez anos, participou do Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente como membro titular. Na Câmara dos Deputados, presidiu a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS), de 2019 a 2021- e coordenou a Frente Parlamentar Ambientalista, de 2020 a 2022. 

Com a vitória de Lula, o deputado foi convidado a integrar a equipe de transição de governo.

É membro da Comissão Mundial de Direito Ambiental da IUCN – União Internacional de Conservação da Natureza, organização responsável pela Lista Vermelha de Espécies em Extinção.

De acordo com o site do MMA, ele foi escolhido por Marina Silva devido à “sólida formação técnica” e à “destacada atuação na área ambiental”. Biólogo, ambientalista e advogado, Agostinho “ainda possui mestrado em Ciência e Tecnologia, com ênfase em Biologia da Conservação, e vários cursos de especialização e pós-graduação”.

Missão

Em novembro, representando a Câmara dos Deputados, Agostinho participou da COP27 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada no Egito. Na ocasião, em seu Twitter, compartilhou a alegria de estar na companhia de Marina Silva (foto que ilustra este post) e da liderança indígena Txai Suruí, dizendo: 

“Com a principal liderança ambiental brasileira na COP27, minha amiga e deputada Marina Silva e Txai Suruí, referência na luta dos povos originários. Agenda intensa e produtiva. A postura do novo governo é prova de que o Brasil retornou de vez ao cenário climático global” (veja o post, aqui).

Ao se candidatar à reeleição como deputado federal, Agostinho destacou em seu currículo: “Em Brasília, luta contra a corrupção, as desigualdades sociais, pelo meio ambiente, fortalecimento do SUS e a educação. Até o momento, apresentou 948 propostas e economizou mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos, ‘abrindo mão’ de privilégios como o auxílio moradia e o apartamento funcional”. 

Não se reelegeu, mas conseguiu o posto de suplente. Mal sabia que seu ‘destino’ lhe reservava uma missão muito maior. 

Já desejamos que a gestão de Agostinho seja brilhante e que ele resgate a dignidade (dos) e o respeito aos agentes do órgão de fiscalização – tão aviltados por Bolsonaro! –, contribuindo para a proteção da biodiversidade no país. 

Enquanto isso, aguardamos o nome do presidente do ICMBio, que deve ser anunciado na volta de Marina do Fórum Econômico Mundial, em Davos, que começou hoje. Enquanto isso, Marcelo Marcelino de Oliveira, que foi diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento do órgão, segue como interino.

Foto: arquivo pessoal

Fontes: MMA, G1, O Eco

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