Recentemente contei aqui sobre uma novidade divulgada pela DC Comics em relação a um de seus mais famosos personagens: o novo Superman, filho de Clark Kent, é bissexual e ativista ambiental. Todavia, o jogador de vôlei Maurício Souza, do Minas Tênis Clube e que também atua pela Seleção Brasileira, resolveu usar suas redes sociais para fazer um comentário debochado e homofóbico sobre a notícia. “Ah, é só um desenho, não é nada demais’. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”, escreveu.
O comentário não passou despercebido e gerou reações na internet. Um dos primeiros a rebater Maurício foi seu colega de profissão e também jogador da Seleção Brasileira, Douglas Souza, que é homossexual assumido e se tornou muito popular entre os internautas durante os Jogos Olímpicos de Tóquio com suas postagens sempre muito bem-humoradas.
Sem citar nomes, Douglas afirmou: “Engraçado que não ‘virei heterossexual’ vendo os super-heróis homens beijando mulheres… Se uma imagem como essa te preocupa, sinto muito, mas eu tenho uma novidade para a sua heterossexualidade frágil”.
A polêmica chegou até nos Estados Unidos. O jogador de vôlei Torey DeFalco, da seleção americana, que também esteve no Japão, disse em seu perfil no Instagram: “Eu pensei que estávamos além disso, mas acho que não… droga, vergonha..”.
Após a declaração de Maurício Souza ganhar ainda mais repercussão negativa, tanto o Minas Clube Tênis, como a Fiat, um dos principais patrocinadores do time, vieram a público comentar o assunto. Repudiaram qualquer tipo de comportamento homofóbico, que no Brasil, inclusive, é considerado crime. Já o clube do atleta inicialmente emitiu nota revelando que ele estava afastado, por tempo indeterminado, teria que pagar uma multa e também, era obrigado a se desculpar. Mas há pouco, houve o anúncio de sua demissão.
Como não canso de lembrar, atletas, artistas e políticos são figuras públicas e por isso têm obrigação e responsabilidade de dar um bom exemplo. Milhões de pessoas os admiram e seguem seus passos.
“É inadmissível este tipo de conduta do Maurício e eu sou radicalmente contra qualquer tipo de preconceito, homofobia, racismo. Em se tratando de seleção brasileira, não tem espaço para profissionais homofóbicos. Acima de tudo preciso ter um time e não posso ter este tipo de polêmica no grupo. Não me refiro apenas ao elenco dos atletas. É geral, para todos os profissionais”, afirmou Renan dal Zotto, técnico da Seleção Brasileira de Vôlei, em entrevista ao jornal O Globo.
Ontem (26/10), o jogador divulgou o seguinte vídeo, em que se retratou, entretanto, o estrago já estava feito:
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Foto: reprodução Facebook Mauricio Souza e divulgação DC Comics
Um absurdo. Não vi nada de homofóbico
Lamentável