A espécie de tartaruga gigante Chelonoidis phantasticus, encontrada no passado na ilha Fernandina, no arquipélago de Galápagos, desapareceu há mais de 100 anos – mais precisamente, em 1906. Entretanto, no começo de 2019, pesquisadores se depararam com uma tartaruga fêmea que acreditavam ser da espécie supostamente extinta.
Pois testes de DNA confirmaram a boa notícia: ela é mesmo uma Chelonoidis phantasticus.
“Testes genéticos conduzidos por pesquisadores da Universidade de Yale verificaram a descoberta. A Galapagos Conservancy e a equipe do Parque Nacional de Galápagos lançarão expedições urgentes para encontrar um companheiro para a tartaruga fêmea e salvar a espécie”, escreveu a organização Galapagos Conservancy em sua página no Facebook.
De acordo com especialistas, restam dez espécies de tartarugas gigantes nas ilhas Galápagos. Estima-se que eram 15 diferentes espécies quando o naturalista britânico Charles Darwin esteve pela primeira vez na região, em 1835.
Mas com o passar dos séculos, piratas, baleeiros e comerciantes caçaram esses animais por causa de sua carne. Mais de 100 mil deles morreram.
Uma tartaruga gigante chega a pesar, em média, 270 kg, e pode viver até 150 anos.
Considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco, Galápagos é um arquipélago com treze ilhas, espalhadas em quase 8 mil km2, na costa do Equador. Esse paraíso é um dos mais intocados habitats de vida selvagem do planeta, referência de estudo para muitos pesquisadores e local que teve extrema importância para a elaboração da Teoria da Evolução de Darwin.
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Foto: Galapago Conservancy