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Especialistas da Fiocruz dão dicas de como celebrar as festas de final de ano de forma segura para se proteger da COVID-19

Especialistas da Fiocruz dão dicas de como celebrar as festas de final de ano de forma segura para se proteger da COVID-19

Natal é sempre um momento especial. Hora de celebração, encontrar a família, rever os amigos. Mas 2020 é um ano como nenhum outro. Infelizmente, o coronavírus ainda está presente em nossas vidas e circulando. Já são quase 185 mil vítimas da COVID-19 no Brasil e mais de 7 milhões de pessoas contaminadas. Achamos que a pandemia estava dando sinais de melhora, mas nas últimas semanas os hospitais brasileiros voltaram a ficar lotados e o número de mortes diárias subiu novamente.

Ou seja, não é hora de baixar a guardar. Se quisermos celebrar muitos outros Natais com aqueles que amamos, a recomendação de médicos e especialistas da área de saúde é ter uma celebração pequena este ano, apenas com os membros da família mais próxima e continuar a seguir as ‘regras de ouro’ para evitar o contágio da COVID-19: usar máscara, manter o distanciamento social e lavar as mãos com frequência.

Para ajudar os brasileiros a fazerem seus planos para as próximas semanas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos mais importantes centros de pesquisa do país, preparou uma cartilha com recomendações. Com o título “Covid-19: preservar a vida é o melhor presente neste fim de ano”, o folheto ressalta que a forma mais segura de passar o Natal e o Réveillon é ficar em casa e celebrar apenas com as pessoas que moram com você. E destaca: nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a transmissão do coronavírus!

Os profissionais da fundação alertam que os cuidados devem ser maiores ainda se há alguém em sua casa que faça parte do chamado grupo de risco para casos graves da doença: portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica em estágio avançado, imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos.

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Seguem abaixo as principais dicas dos especialistas da Fiocruz:

– Use máscara sempre que não estiver comendo ou bebendo;
– Tenha um saco para guardar a máscara quando estiver comendo ou bebendo e a mantenha limpa e seca entre os usos;
– Tenha uma máscara limpa extra, para o caso de necessidade de troca (tempo de uso, umidade ou sujeira);
– Evite aglomerações e mantenha a distância de, pelo menos, 2 metros entre os participantes;
– Evite apertos de mão ou abraços;
– Dê preferência a locais abertos ou bem ventilados. Evite o uso de ar-condicionado;
– Lave as mãos com frequência durante o evento com água e sabão ou use álcool;
– Não compartilhe objetos, como talheres ou copos;
– Após tocar em objetos que estejam sendo compartilhados com outros convidados (ex: utensílios para servir a comida, jarras e garrafas), lave as mãos com água e sabão ou álcool.

Para aqueles que decidirem receber convidados em casa, a cartilha da Fiocruz faz as seguintes recomendações:

– Limite o número de convidados de acordo com o tamanho do espaço, permitindo que as pessoas mantenham distância de 2 metros entre si;
– Oriente seus convidados a levarem suas próprias máscaras;
– Evite música alta para que as pessoas não tenham que gritar ou falar alto. Caso alguém esteja contaminado com o vírus, lançará um número maior de partículas virais no ambiente;
– Dê preferência a locais abertos ou bem ventilados. Evite o uso de ar condicionado;
– Não deixe que os convidados formem filas para serem servidos;
– Oriente os convidados a não se sentarem todos reunidos na hora da ceia. Organize espaços separados para pessoas que moram juntas;
– Tenha sabão e papel para secagem de mãos disponíveis no banheiro. Evite o uso de tolhas de pano;
– Disponibilize álcool em gel nos ambientes;
– Utilize lixeiras com pedais para que as pessoas descartem seus lixos sem precisar colocar as mãos na tampa. Lave as mãos após esvaziar a lata de lixo.

Em relação ao preparo e a forma de servir os alimentos, como esta será uma confraternização diferente a sugestão é evitar compartilhar a ceia. “O ideal é orientar seus convidados a levar sua própria comida e bebida”, dizem os profisisonais da Ficruz. Caso não seja possível, veja o que eles aconselham:

– Lave as mãos antes de preparar a comida e use máscara durante o preparo;
– Limite o número de pessoas no ambiente em que a comida estiver sendo preparada ou manuseada;
– Caso ofereça bebidas, disponibilize-as em embalagens individuais (latas ou garrafas), arrumadas em baldes com gelo, para que as pessoas possam se servir sozinhas;
– Ofereça condimentos, molhos para salada ou temperos embalados individualmente, sempre que possível;
– Evite o compartilhamento de utensílios para servir a comida. Pratos e bebidas em recipientes não individuais devem ser servidos por uma única pessoa. O responsável deve lavar as mãos antes de servir e sempre usar a máscara;
– Após o evento, lave toda a louça em água corrente e com detergente, ou use a máquina de lavar louças.

Por último, não convide ninguém para sua casa se você ou algum familiar está com sintomas relacionados à COVID-19 ou já tem o diagnóstico confirmado; ainda está no período de 14 dias desde que teve os primeiros sintomas relacionados à doença (mesmo que não tenha feito um teste de diagnóstico); está aguardando o resultado de um teste molecular para saber se está com o coronavírus ou se manteve contato com alguém que testou positivo nos últimos 14 dias.

As vacinas já existem e se fizermos um esforço por mais algum tempo, teremos a garantia de que em 2021 poderemos celebrar juntos, abraçar nossos amigos e familiares novamente e não colocar a vida de ninguém em risco!

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Foto: domínio público/pixabay

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Sandra
Sandra
3 anos atrás

Recomendações oportunas e indispensáveis que, embora bem intencionadas não são o salvo conduto de garantia contra o vírus. Vivemos o imponderável, nada é garantido e nenhuma linha demarcatória limita a saúde da doença, onde podemos ou não podemos ultrapassar. No entanto é Natal. Impossível descrer da esperança de um bebê sorrindo de braços abertos para o mundo que Ele veio salvar, apesar de não ter sido tão bem recebido quanto merecia. É preciso acreditar, apesar de tudo, que a vida é bela, enquanto fazemos a nossa parte para receber, de braços abertos, também, esse Novo Tempo e essa Nova Luz.

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