Cada vez que conhecemos uma escola, prestamos muita atenção em seu espaço físico. É uma escola que tem árvores? Tem gramado? Tem terra ou areia para brincar? É muito natural fazermos isso e, na verdade, essa quase investigação vai nos dando ideia de como a natureza está presente nos espaços de educação no nosso país. Mas, como é essa relação, de fato? Como é tratada a natureza em cada um desses espaços?
Cada vez que conhecemos uma escola prestamos muita atenção na vida que pulsa nela. As crianças estão ocupando todos os espaços? Há tempo para brincadeira livre? Há tempo para ver o céu, sentir o vento, curtir a beleza das flores? E mesmo das salas, como elas estão dispostas? É possível ver o mundo pelas janelas? Há ventilação e iluminação natural?
A escola é um lugar organizado para que crianças e adultos aprendam/ensinem sobre o mundo em que vivem. Como essa aprendizagem acontece? Ela é puramente abstrata ou oferece experimentação sobre os temas abordados? Não nos parece lógico ensinar sobre o mundo sem a vivência, sem a experimentação durante o aprendizado.
O mundo é formado, claro, pelos pensamentos, sentimentos e ações humanas. Mas esse mundo humano desabrocha a partir de uma natureza original, não humana ou, como afirmam alguns autores, uma natureza mais que humana que, inclusive, flui também em nós.
A capacidade de aprender nos humanos é também parte da mesma natureza. Para que o aprendizado seja pleno e se ancore verdadeiramente nas mentes das pessoas, ele precisa se dar em sintonia com o mundo natural. Senão ele fica abstrato, e pode ser esquecido ou trocado por outra coisa a qualquer momento.
Por isso, ao visitar uma escola perguntamos: quantas vezes por dia as crianças podem observar o céu, saber se esfriou, se chove? O que as crianças veem das janelas da escola e de que maneira suas percepções são acolhidas e transformadas em aprendizado?
Já se sabe, não apenas através de pesquisas acadêmicas, mas também por meio das nossas experiências de vida, que aprendemos o tempo todo, aprendemos vivendo, nos relacionando com o mundo. Pare e pense na sua trajetória e vai encontrar momentos de muita aprendizagem nos momentos em que não estava sentado na carteira, na sala de aula.
A sala de aula promove a desconexão com o mundo vivo e supervaloriza o pensamento abstrato. Como uma criança pode se conectar minimamente com o mundo se estiver o dia todo sentada dentro de uma sala fechada, olhando para frente e tendo que seguir as instruções que vêm de uma pessoa, unicamente de fora para dentro?
Existe um mundo inteiro do lado de fora esperando por nossos olhares curiosos, pronto para ser pesquisado, experimentado, questionado.
Para criarmos um mundo mais humano precisamos oferecer às crianças – desde pequenas, e durante toda a sua vida escolar até a universidade (ou além) – um aprendizado vivo, com janelas que mostrem paisagens com as quais os diferentes olhares vão interagir e aprender, com mais terra e mais grama em que se pode pisar com os pés descalços, sentir o calor do sol ou o frescor da chuva, mais árvores em que se possa subir ou brincar ou estudar à sua sombra.
Assim, teremos mais vida, uma educação mais viva, com mais experiências, mais relações entre as pessoas e com mais qualidade, e relações com o mundo que sejam integradas, inclusivas, pacíficas e felizes.
Foto: José Ibarra/Unsplash
É UM BELO TRABALHO EDUCATIVO E COM MUITA DISTRAÇÃO PARA TODOS, QUE FIZER PARTE DESTAS AULAS. É TAMBÉM UMA FORMA DE MOSTRAR A TODOS COMO DEVEMOS
ZELAR A MÃE NATUREZA.
TEMOS QUE PRESERVAR O NOSSO PLANETA.
JUNTO PODEMOS MUDAR O CLIMA DO PLANETA.
Oi Aldomar! É isso ai, a mudança depende de nós!
Abraços