Make love, not war. A frase, um hino pela paz, muito utilizado durante a década de 60, na época da guerra do Vietnã, é perfeita para esta notícia.
A China é atualmente o maior emissor global de dióxido de carbono (CO2) e campeã em mortes relacionadas com a má qualidade do ar, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (leia mais aqui).
Todavia, o tigre asiático quer melhorar sua imagem perante o mundo, mas principalmente, perante seus cidadãos.
A mais nova iniciativa é o envio de 60 mil soldados do Exército de Liberação Nacional da China para realizar o plantio de árvores, ao norte do país, em uma área de 84 mil m2, o equivalente ao tamanho da Irlanda.
O objetivo do governo é aumentar a área de florestas plantadas no país e com isso, reduzir a poluição do ar. Vale lembrar que árvores absorvem CO2.
O uso dos soldados para ações não-militares coincide com o anúncio, já feito há alguns anos, da redução do efetivo da tropa chinesa.
Plantio de mudas na poluída província de Hebei, perto da capital
Uma das regiões que será priorizada para o plantio de árvores é a província de Hebei, nas proximidades de Pequim, uma das que mais sofre com a poluição.
Em janeiro de 2017, mostramos aqui, neste outro post, como os moradores da capital chinesa conviviam com os horrores da poluição. A concentração de gases poluentes estava sete vezes acima da média considerada aceitável pela OMS.
A situação sempre se repete no inverno. Nesta época do ano, com o frio, as usinas de carvão funcionam a todo vapor para gerar eletricidade e esquentar as casas dos chineses (e a produção industrial do país). Como o carvão é um dos combustíveis mais poluentes que existe, o resultado é que o ar fica impregnado da partícula chamada PM 2.5 (PM é a sigla para material particulado), formada por uma combinação de compostos químicos tóxicos, como amônia, nitratos e sulfatos, além de poeira.
No começo deste ano, a China também fechou suas portas para importação de lixo reciclável. Até então, o país era o maior consumidor global de resíduos plásticos – 7,3 milhões de toneladas por ano, metade que é produzido no planeta. Além do plástico, fazem parte do veto sobras de papel e têxteis.
Recentemente, o governo chinês anunciou um investimento de quase 30 bilhões de dólares em energias limpas e no combate à geração de lixo.
É só esperar que tudo não seja apenas marketing e que os chineses estejam realmente focados em viver de maneira mais sustentável.
*Com informações do Asia Times
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Foto: divulgação PLA Daily