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Tamboril-de-nariz-chicote nada de cabeça pra baixo para atrair suas presas

Peixe de nariz chicote nada de cabeça pra baixo para atrair suas presas

O tamboril-de-nariz-chicote é uma daquelas criaturas bizarras que vivem no fundo do mar, em profundidades onde não há quase nenhuma luz, e por isso mesmo, evoluíram fisicamente e desenvolveram estratégias diferenciadas para poder se alimentar. Esse peixe, por exemplo, como seu nome indica, tem saindo da face um apêndice, que parece uma enorme vara de pescar, e mede quatro vezes o tamanho do seu corpo. Na ponta dela há uma concentração de bactérias bioluminescentes, que produzem luz e atraem suas presas.

Todavia, o que mais intrigava cientistas no tamboril-de-nariz-chicote é que alguns deles foram flagrados nadando de cabeça para baixo – algo que só é visto quando esses animais já não estão mais vivos, mas que não era o caso.

Apesar de serem predadores de emboscada, ou seja, que se escondem e dão um bote abrupto em suas presas no meio da escuridão, observações feitas nos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico por pesquisadores indicam que alguns deles procuram ativamente por seus alimentos no solo do oceano.

“Embora isso tenha parecido bastante surpreendente no início, quanto mais pensávamos sobre essa possibilidade, mais lógica ela parecia”, diz Andrew Stewart, pesquisador do Museu Te Papa Tongarewa, na Nova Zelândia, e principal autor de um artigo científico no Journal of Fish Biology sobre o assunto. “Agora nosso desafio é ver e filmar um desses tamboris realmente prendendo a presa diante das câmeras para provar isso de uma vez por todas”.

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Segundo ele, espécies como peixes-tripé ou granadeiros são encontradas no fundo do mar e podem ser alvos potenciais da espécie. “Os polvos também são uma possibilidade, pois já foram encontrados no estômago do tamboril-de-nariz-chicote”.

Há mais de 300 espécies de tamboril no fundo dos oceanos. Eles são facilmente identificados por sua aparência “monstruosa”, em geral grandes bocas com dentes afiados e a isca luminosa para atrair presas. Contudo, apenas fêmeas possuem a capacidade de se tornarem bioluminiscentes.

*Com informações adicionais do site do New York Times e Natural History Museum, London

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Foto de abertura: reprodução vídeo

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