PUBLICIDADE

‘Semana Sem Carne’: um desafio ‘temperado’ com algumas das melhores receitas de chefs, nutricionistas e influenciadores da boa alimentação

A campanha Semana Sem Carne foi lançada em 2003, nos Estados Unidos, e chegou ao Brasil seis anos depois com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), que logo ganhou o apoio do Greenpeace Brasil e da Mercy for Animals. É um convite-desafio para que cada um procure não só eliminar a proteína animal de sua dieta por sete dias, mas também reflita sobre a aquisição de novos hábitos alimentares e sobre os impactos que o consumo de carne e derivados tem na saúde, no planeta e nos animais.

Este ano, acontece de 17 a 23 de junho, com um detalhe: em meio a uma pandemia que nos levou à quarentena e a um maior convívio familiar e com a cozinha, com os alimentos. E isso pode tornar esta experiência ainda mais interessante.

Tempero de floresta queimada e direitos

Sabemos que, no Brasil, “a carne é produzida às custas de muita floresta e de muitos direitos”, lembra Adriana Charoux, ativista e responsável pela campanha de florestas do Greenpeace Brasil. “Além da agropecuária ser uma das principais causas do desmatamento, é responsável por mais de 60% das emissões dos gases do efeito estufa que provocam as mudanças climáticas”. Sim, essa atividade vem pressionando de forma criminosa a floresta amazônica e os povos que nela vivem, especialmente os indígenas.

Por isso, é tão imprescindível fazer melhores escolhas e deixar de contribuir para o consumo insustentável promovido por empresas que atuam em todo o mundo e subsidiado por governos. O custo é sempre altíssimo para a sociedade, principalmente para o povo.

PUBLICIDADE

Se optarmos por reduzir ou eliminar o consumo de carne, como diz o Greenpeace Brasil, estaremos nos juntando a outras pessoas e “colocando a Amazônia na frente dos bois”. Mas se optarmos por contribuir com o sistema, estaremos premiando todos que roubam e desmatam terras para explora-las, ameaçando a biodiversidade e os povos que são seus verdadeiros guardiões e dela dependem para viver.

Quarentena sem carne: saborosa e nutritiva

A Semana Sem Carne acontece de 17 a 23 de junho. Para participar e compreender melhor como pequenas mudanças na alimentação podem fazer uma grande diferença no mundo, basta se inscrever no site da iniciativa para receber diariamente informações que o/a ajudarão a vencer o desafio: receitas, informações nutricionais e curiosidades sobre o tema. De sua parte, ajude a promover a campanha divulgando seu avanço no desafio nas redes sociais ou simplesmente contando sobre a semana, sempre com a hashtag #segundasemcarne.

Desde que a pandemia começou e a quarentena e o isolamento social se tornam imprescindíveis para o controle do contágio, temos sido convidados diariamente a transformar hábitos em qualquer situação: nas tarefas domésticas, no trabalho, na convivência com a família, com as crianças, com os mais velhos. Como estamos mais caseiros, é possível que estejamos cozinhando mais. Se não, ainda, eis mais uma razão para aderir a este desafio.

Por isso, ao contrário do que pode parecer, a priori, este é um momento bastante propício para se adotar novas formas de se alimentar, de experimentar novos sabores, de fazer novas combinações, se aventurando mais na cozinha. E, para tornar esse desafio mais gostoso, o Greenpeace indica o e-book Quarentena Sem Carne – Receitas saborosas e nutritivas para enfrentar o isolamento social, com download gratuito. Nele, você encontra algumas das melhores receitas de time muito bacana de chefs, nutricionistas e influenciadores da boa alimentação.

Quer mais? Então, lá vai! Opte sempre por alimentos orgânicos. Apesar da fama de serem mais caros que os demais (geralmente, envenenados), duram mais, são mais saborosos, fartos, e ainda produzidos por agricultores e empreendedores familiares.

Com a pandemia, muita gente se aproximou mais deles porque muitos foram os que perderam seus pontos de comercialização. Mas também descobrimos novos mercados ou institutos que só compram desses produtores. E, pra facilitar as compras, o Greenpeace produziu uma lista de agricultores de diversas cidades pelo país, não é o máximo? Se você conhecer algum produtor que não consta dessa lista, mas gostaria, é só entrar em contato para sugerir. E ela só aumenta.

Vamos fortalecer um sistema de “produção mais justa, sem veneno, sem tanta carne e que honre os sabores e saberes da floresta de pé”, convida Charoux. “A pandemia nos mostra que isso é possível”. E não esqueçamos: comer é um ato político. Comer menos carne, ainda mais.

Fotos: Mitja Kobal/Greenpeace e Divulgação (livro de receitas)

Comentários
guest

0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Notícias Relacionadas
Sobre o autor