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Seca e estiagem fazem água de lago ficar cor-de-rosa no Havaí

Outubro teve temperaturas recordes no planeta e os meteorologistas do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia prevêem que 2023 deverá ser o ano mais quente da história. Os impactos do calor atípico podem ser vistos em todo o mundo: a seca histórica da Amazônia, degelo sem precedentes na Antártica e o lago cor-de-rosa na ilha de Maui, no Havaí.

As imagens impressionantes das águas completamente rosas do Keālia Pond ganharam as manchetes internacionais. Localizado no refúgio nacional de vida silvestre de mesmo nome, desde o final de outubro autoridades do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (FWS) monitoram a situação.

Amostras da água foram coletadas e as análises preliminares enviadas para a Universidade do Havaí não detectaram a presença de nenhuma alga tóxica. Encontrou-se entretanto uma proliferação de halobactérias.

“Halobactérias são organismos amantes do sal, encontrados em corpos d’água de alta salinidade. A salinidade no Lago Keālia é atualmente superior a 70 partes por mil, ou o dobro da salinidade da água do mar”, informou em nota o FWS. “É essa água de alta salinidade que proporciona condições favoráveis ​​para as halobactérias, produzindo a cor rosa”.

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Como medida de prevenção, autoridades alertaram os visitantes do parque a ficarem longe do lago e não deixar que animais bebam a água.

A alta salinidade do Lago Keālia está relacionada com a estiagem em Maui. Sem chuva, ele não recebe água doce e o canal que o ligava ao mar está seco.

Assim como outras regiões do planeta, nas últimas décadas o Havaí tem registrado temperaturas cada vez mais quentes e menores períodos de chuva, como consequência do aquecimento global. Essa foi uma das causas do incêndio de proporções catastróficas que atingiu Maui no início de agosto (leia mais aqui).

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Foto de abertura: Kealia Pond National Wildlife Refuge / Leslie Diamond

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