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Rio de Janeiro ganha mapa (do potencial de energia) solar

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O Brasil é um país solar, sabemos. Tem grande potencial para produzir energia que poderia abastecer boa parte do país, sem necessidade de construção de usinas hidrelétricas que causam tantos impactos negativos – sociais e ambientais.  Basta dizer que, se todos os telhados brasileiros fossem cobertos com painéis solares, poderíamos gerar, por ano, três vezes a produção da usina de Itaipu. Por isso, o país deveria apostar nessa capacidade para gerar novas oportunidades para o mercado, além de reduzir os gastos com consumo.

O Rio de Janeiro não perdeu tempo e – como parte do Programa Rio Capital da Energia – lançou, no dia 26/8, seu mapa solar. Trata-se de um aplicativo que apresenta o potencial de energia de cada telhado e ainda calcula quanta economia pode feita com a adoção de painéis solares.

Inédito no país, o estudo só foi possível graças à cooperação entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Governo do Estado do Rio de Janeiro (Sedeis),  a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Governo Federal, a Embaixada Alemã para o Desenvolvimento Sustentável e o Instituto Pereira Passos (IPP), da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Foram mapeados 1,5 milhão de telhados e o resultado foi excelente: o potencial de geração fotovoltaica na capital carioca é maior do que o consumo residencial.

Assim, o Rio se tornou a terceira cidade no mundo a ter um mapa solar. As outras duas são Boston e Berlim. Mas a ideia para sua criação não foi gestada na capital carioca. Tudo começou com o levantamento realizado pela EPE nos telhados dos estados de São Paulo e Minas Gerais, que são os que possuem maior potencial energético, seguidos por Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná. E o que se descobriu – e surpreendeu os parceiros europeus – foi que o estado brasileiro com menor capacidade para gerar energia a partir da luz do sol é mais potente do que o estado que oferece mais energia solar na Alemanha, de onde vem a tecnologia.

O aplicativo funciona a partir de uma simulação 3D feita com base em dados tridimensionais do relevo e das edificações existentes na cidade, exceto as que são consideradas como ocupação informal. Para fazer o cálculo, foram usados dados dos dias com maior e menor incidência solar em 2015.

Hospedado no site do Instituto Pereira Passos – ligado ao governo -, o aplicativo apresenta o mapa do Rio de Janeiro. Basta identificar o endereço que se quer pesquisar, clicar e ele dá uma estimativa da incidência solar no local que, no mínimo, será considerável. A escala vai dessa classificação, indicada pela cor amarela, até excelente, em vermelho, passando por dois tons de laranja que indicam que o potencial é bom ou muito bom.

Mas o aplicativo não para por aí. Ainda é possível calcular a economia na conta de luz caso o interessado instale equipamento de energia fotovoltaica em seu telhado.

É importante lembrar que, desde 2013, qualquer brasileiro pode conectar um micro ou minigerador dessa natureza na rede elétrica e receber créditos em sua conta de luz, se seu consumo for aquém da energia produzida.

Brasil e Alemanha são parceiros constantes em projetos de energia. O objetivo é fomentar a geração distribuída, diversificando a matriz elétrica brasileira. Por conta do apoio da embaixada alemã (GIZ – Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), foi criada normativa que permite a conexão de qualquer estabelecimento à rede de sistemas fotovoltaicos. Assim, todo telhado brasileiro tem potencial para gerar eletricidade para todos a partir de painéis solares.

Isso não é só ótimo para a economia dos dois países, como também ajudará o Brasil a combater as mudanças climáticas, reduzindo o impacto de suas emissões.

Foto: Cacuna/Pixabay 

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