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Pinguim-imperador ‘se perde’ e nada mais de 3 mil km da Antártica até a Austrália

Pinguim-imperador nada mais de 3 mil km da Antártica até a Austrália

Nunca antes um pinguim-imperador tinha sido visto na Austrália. Pelo menos livre, na natureza. Por isso mesmo, foi uma grande surpresa para frequentadores da praia de Denmark, no extremo sul do país, que se depararam com o animal, com quase 1 metro de altura, sozinho, na areia.

Logo autoridades foram acionadas, afinal o pinguim-imperador estava a cerca de 3,5 mil mil km de distância de seu lar, a Antártica. Segundo uma especialista em aves que foi a primeira a chegar ao local, ele parecia mal-nutrido.

É comum que espécies migratórias se percam nas correntes dos oceanos, ainda mais animais jovens, mas ainda não se tem ideia de como tenha sido possível que Gus, nome com o qual o pinguim-imperador foi batizado, tenha ficado tão perdido e nadado para tão longe.

Pinguim-imperador nada mais de 3 mil km da Antártica até a Austrália
O pinguim estava com apenas 23 kg, metade do que um macho da espécie costuma pesar
Foto: Miles Brotherson / DBCA

A equipe local do Departamento de Biodiversidade e Conservação da Austrália (DBCA) está cuidando do caso e ainda estuda se será viável devolver Gus à Antártica.

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O pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri) é o maior dentre todas as espécies dessas aves. Se diferencia ainda dos demais pelas orelhas e o peito amarelados. Ele depende totalmente do gelo marinho para atividades vitais como procriação, alimentação e muda de penas.

Essa espécie de pinguim tem o mergulho mais profundo e longo que qualquer outra ave, frequentemente atingindo profundidades de mais de 200 metros. Depois de encontrar um parceiro, em geral macho e fêmea ficam juntos para o resto da vida.

Em 2022, o Departamento de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos incluiu o pinguim-imperador na Lista de Espécies Ameaçadas do país. Apesar da ave ser endêmica da Antártica, ou seja, é encontrada lá e em nenhum outro lugar do mundo, cientistas ressaltaram que, como sua principal ameaça é a crise climática, compete a todos lutar pela sua proteção.

Pesquisadores já alertaram que se nada for feito para conter o aquecimento global, 98% das colônias da espécie podem ser extintas.

*Com informações do Washington Post, Associated Press e NBC News

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Foto de abertura: Miles Brotherson / DBCA

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