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O encantamento de naturalistas e artistas suíços pela Amazônia, em exposição a partir de 2/3

O Legado Suíço-Brasileiro na Amazônia: Arte, Ciência e Sustentabilidadeexposição que chega ao Museu Catavento, na capital paulista, em 2 de março e fica até 30 de abril – retrata a cooperação suíça na região amazônica e já passou por Belém, Brasília e Porto Alegre.

Organizada pela Embaixada da Suíça no Brasil e o Consulado Geral da Suíça em São Paulo, em parceria com o Museu Paraense Emilio Goeldi e a Associação Cultural e Artística Oswaldo Goeldi, conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.

Arte e Ciência

Com base na tecnologia de realidade aumentada, a mostra apresenta o trabalho de Emílio Goeldirenomado cientista suíço que chegou ao Brasil no final do século XIX para desenvolver pesquisas e estudos sobre a biodiversidade amazônica –, a trajetória do Museu Paraense e as
contribuições da Suíça pela proteção do meio ambiente e da sustentabilidade.

“A Suíça e o Brasil possuem uma longa história de cooperação em vários âmbitos nos mais de 200
anos de relações bilaterais. A exposição celebra o compromisso histórico da Suíça com a região
amazônica nos âmbitos artístico, cientifico e da sustentabilidade”, declara Pietro Lazzeri, Embaixador da Suíça no Brasil. “Ela destaca a trajetória e o trabalho impactantes do zoólogo e naturalista suíço Emílio Goeldi e do artista modernista Oswaldo Goeldi, filho de Emílio Goeldi”.

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E, segundo Lani Goeldi, curadora, a mostra foi organizada em três eixos – Legado, Atualidade e Futuro –, e reflete sobre o papel da arte na difusão do conhecimento científico. “Um dos objetivos é reforçar a importância da preservação do ecossistema vital e ser uma celebração da cultura, ciência e sustentabilidade suíço-brasileira na Amazônia”.

A fauna de Emílio e a flora de Oswaldo

No núcleo Fauna da mostra são desvendadas a vida e a história do destemido naturalista suíço Emílio Goeldi (1859-1917), que se deslocou para a Amazônia com esposa e seis filhos a fim de realizar um sonho: pesquisar as espécies de aves brasileiras, consideradas as mais ricas variedades ornitológicas do mundo.

As 48 pranchas em metacrilato expostas na mostra revelam isso: apresentam desenhos de 337 espécies de aves amazônicas, produzidos por Ernest Lohse (abaixo), catalogados por Emílio em 1900, durante o período em que dirigiu o antigo Museu Paraense de História Natural e Etnografia (depois batizado como Museu Emílio Goeldi em sua homenagem).

Painéis e vitrines com objetos – devido à tecnologia de realidade aumentada, os visitantes poderão ver as aves em movimento – são complementados por vídeo que oferece acessibilidade de áudio e descrição em libras (assista no final deste post, sem esses recursos).

No núcleo Flora da exposição – com 22 xilogravuras (duas delas, abaixo) -, as obras são assinadas por Oswaldo Goeldi (1895-1961), filho de Emílio, considerado um dos mais influentes gravadores brasileiros.

Programação até a COP 30

“Em outubro do ano passado, o Museu Emílio Goeldi completou 157 anos de existência, uma instituição que procura entender a dinâmica socioambiental da Amazônia. Às vésperas da COP30, temos um trabalho estratégico a desenvolver, no levantamento das principais questões que envolvem a floresta e propor soluções para sua conservação”, conta Nilson Gabas Junior, diretor do Museu Paraense Emilio Goeldi e do Instituto de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações, localizado em Belém, no Pará.

Depois de São Paulo, a exposição já tem outros dois destinos no país: Florianópolis e Rio de Janeiro, ainda em 2024, devendo encerrar a itinerância em 2025, novamente em Belém do Pará, por ocasião da COP 30, a Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, que será realizada pela primeira vez no Brasil.

Vale destacar ainda que, em outubro de 2023, a Suíça fez sua primeira contribuição ao Fundo Amazônia, como contamos aqui. A amizade e o mútuo respeito entre os dois países é muito firme.

A exposição

O Legado Suíço-Brasileiro na Amazônia: Arte, Ciência e Sustentabilidade
2 de março a 30 de abril
De 3ª a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)
Museu Catavento – Av. Mercúrio – Parque Dom Pedro s/n – Centro
Ingresso: R$ 18 inteira / R$ 9 meia / gratuito para crianças até 7 anos e, às terças-feiras, para o público em geral.

A seguir, assista ao vídeo exibido na exposição que apresenta o encantamento de naturalistas e artistas suíços de outras nacionalidades pela Amazônia desde o século XIX. Nele, é possível compreender melhor a importância de Emílio Goeldi para o Brasil.

Fotos: divulgação

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