*Atualizado em 08/11/2019
Aos poucos parece que a tragédia está chegando ao fim. Mas o impacto ambiental poderá durar muitos e muitos anos, alertam especialistas. As manchas de óleo que começaram a aparecer nas praias do litoral nordestino, no início do mês de setembro, já diminuiriam bastante em frequência e volume, mas ainda causam contaminação e transtornos.
Na quarta-feira (06/11), pela segunda vez, moradores de Canoa Quebrada, no município de Iracati, no Ceará, se depararam pela manhã, com pequenas manchas de petróleo cru na areia. Esta é a segunda vez que a substância aparece lá. A primeira havia sido há pouco mais de dez dias.
Segundo a Superintendência das Praias de Aracati, apenas em um dia, foram coletados 100 kg de piche, que chega fragmentado na praia, o que dificulta sua retirada da areia.
Canoa Quebrada é um dos destinos mais visitados do litoral cearense. Em outra praia, também bastante procurada por turistas, Cumbuco, mais próxima da capital, Fortaleza, também foram encontradas manchas de óleo ontem. Houve relatos da presença do petróleo ainda em Caucaia e Marjolândia.
Em Cumbuco, junto com o óleo, foi achada uma tartaruga-marinha morta, intoxicada pela substância.
De acordo com o levantamento mais recente divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), em 08/11, chega a 95 o número de animais mortos pela contaminação do óleo – a maioria são tartarugas, mas também há muitas aves. Outros 32 bichos foram resgatados sujos com petróleo e encaminhados para locais especializados em tratamento e reabilitação.
Ainda segundo o Ibama, já são 427 localidades (praias) atingidas, em 105 municípios, dos nove estados do litoral nordestino.
Em nota oficial, publicada na sexta-feira, a Marinha confirmou a chegada de fragmentos de óleo ao litoral do Espírito Santo, nas praias de Guriri, Urussuquara e Barra Nova, no município de São Mateus, ao norte do estado.
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*Texto alterado para atualizar o número de localidades (praias) atingidas pelo óleo
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Foto: reprodução internet
A Petrobras continua destruindo o mundo livremente. Só vao parar quando nao existir mais um peixe no mar. Monstros!