*Atualizado em 09/11/19
Depois de tanta tragédia e más notícias nos últimos dois meses, uma imagem para dar alento a nossos corações. Três tartarugas marinhas, encontradas sujas com óleo, encalhadas em uma praia, no início do mês de outubro, foram soltas em alto mar, a 23 km de Aracaju, no Sergipe.
As duas tartarugas-olivas e a tartaruga-cabeçuda foram resgatadas graças aos esforços de diversas entidades, entre elas, o Instituto Biota de Conservação, o Ibama e o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas. Depois disso, foram levadas para um Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna Silvestre da Fundação Mamíferos Aquáticos, onde passaram cerca de quatro semanas.
“As três estavam muito debilitadas e tinham pneumonia porque haviam aspirado óleo também. Então, fizemos todo o tratamento químico, e durante o tratamento elas passaram por alguns banhos para despetrolização, com óleo mineral e detergente neutro. Depois de completamente limpas, elas foram para um tanque maior, para que se alimentassem sozinhas, nadassem, afundassem e fizessem todos esses comportamentos normais da espécie”, explicou a veterinária, Rafaelle Monteiro, em entrevista publicada pelo G1 Sergipe.
Registro de uma das tartarugas sendo devolvida ao mar
“Hoje, após quase um mês em reabilitação, a Fundação Mamíferos Aquáticos, junto com o ICMBio e o Projeto Tamar, devolveu os animais à natureza… A sensação é de dever cumprido”, comemorou a organização em sua página no Instagram.
Os dados mais recentes divulgados pelo Ibama revelam a dimensão do impacto da tragédia: já são mais de 400 localidades (praias) atingidas, em 105 municípios, dos nove estados do litoral nordestino.
O número de animais encontrados mortos chegou a 95, a grande maioria deles, tartarugas marinhas. Bahia, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte foram os estados que registraram as principais ocorrências.
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*Texto alterado para atualizar o número de localidades (praias) atingidas pelo óleo
Imagens: reprodução vídeo Fundação Mamíferos Aquáticos / Rafaelle Monteiro e Aecio Posener