Autoridades alertam sobre o aumento do número de casos de mamíferos que também estão sendo infectados e morrendo de gripe aviária. Originalmente, a doença provocada por um vírus da gripe contaminava apenas aves. Mas desde o ano passado, já foram registrados óbitos de raposas, lontras, linces, gambás e toninhas (leia mais aqui).
Agora, há poucos dias, quatro focas encontradas mortas na costa da Escócia testaram positivo para o vírus H5N1.
“Três das quatro focas e uma das duas focas cinzentas de 2021 e início de 2022 testaram positivo para o HPAIV. Também queremos verificar nossos casos mais recentes de cetáceos em busca de evidências de transbordamento”, declarou o Scottish Marine Animal Strandings Scheme (SMASS) em nota.
Segundo o departamento responsável pelos encalhes de vida marinha no país, o achado não é uma surpresa. “No ano passado houve o maior surto de gripe aviária do Reino Unido, quase tudo devido à cepa H5N1, que matou milhares de pássaros selvagens e também se espalhou para raposas e lontras”.
Especialistas acreditam que a transmissão do vírus para mamíferos se dá quando eles se alimentam de aves contaminadas pela gripe aviária.
Apesar de o risco para os seres humanos ser muito baixo, a Organização Mundial de Saúde afirmou que a situação deve ser acompanhada de perto. Profissionais da área ressaltam que o vírus precisaria passar por diversas mutações ainda para conseguir infectar o homem. De acordo com dados da ONU, nos últimos 20 anos, foram registrados 870 casos de gripe aviária em humanos e 457 deles foram fatais.
Desde o ano passado, Estados Unidos e Europa enfrentam um surto seríssimo da doença. Milhões de aves já morreram e outras precisaram ser abatidas.
Na semana passada também o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) emitiu uma nota pedindo que moradores e turistas de Fernando de Noronha não cheguem perto das aves. A recomendação foi feita após a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) fazer um alerta sobre o crescente número de casos de gripe aviária nas Américas (leia mais aqui).
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